Três processos foram revertidos a favor do presidente eleito após o resultado das eleições de novembro, incluindo desistência de acusações em dois casos, reforçando a capacidade do chefe do Executivo na política.
Donald Trump, o ex-presidente dos Estados Unidos, está passando por um período de alívio em relação às batalhas jurídicas que enfrenta. Após meses de incerteza, agora vê processos serem arquivados ou adiados, o que pode ser visto como um sinal positivo para o seu futuro político.
Como um republicano que já ocupou o cargo de presidente, Trump tem sido um nome constante nas manchetes devido às suas disputas legais. No entanto, a recente onda de arquivamentos e adiamentos de processos pode ser um indicativo de que a sorte de Trump está mudando. Com isso, o ex-presidente pode se concentrar em suas ambições políticas futuras, sem a sombra da incerteza jurídica pairando sobre sua cabeça.
Trump: O Ex-Presidente que Desafiou a Justiça
Na segunda-feira (25), um promotor que liderava dois casos contra o republicano Trump resolveu desistir de levar adiante as acusações. Isso se deve basicamente a um fator: a vitória de Trump nas eleições presidenciais. A política do Departamento de Justiça dos Estados Unidos impede que um presidente que esteja no cargo seja alvo de acusações judiciais, pois processos criminais podem prejudicar a capacidade do chefe do Executivo de governar.
Trump foi alvo de quatro processos criminais que o colocaram sob a ameaça da prisão. No entanto, três casos acabaram recebendo uma espécie de trava após o republicano ser eleito. Um outro já estava paralisado antes do pleito. A seguir, vamos analisar os detalhes de cada um dos casos.
Os Casos Contra Trump
Ataque ao Capitólio: Em novembro de 2020, Trump foi derrotado por Joe Biden nas eleições presidenciais. À época, o então presidente se recusou a reconhecer a derrota e alegou fraude, sem apresentar provas. De acordo com a acusação, o ex-presidente sabia que suas alegações a respeito das eleições eram mentiras, mas as repetia mesmo assim ‘para criar uma atmosfera intensa de falta de confiança e raiva e, assim, erodir a confiança pública na condução das eleições’.
Segundo o promotor Jack Smith, o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021 foi motivado pelas mentiras de Trump, que queria tentar anular o resultado das eleições para permanecer no poder. No dia do ataque, a vitória eleitoral de Biden estava sendo formalmente certificada no Capitólio. Apoiadores de Trump interromperam a sessão e ameaçaram o então vice-presidente Mike Pence.
Trump foi acusado formalmente de participar de três conspirações para cometer crimes: conspiração para fraudar os Estados Unidos; conspiração para obstruir um procedimento oficial; conspiração contra os direitos dos americanos. Ele também respondia por obstrução ou tentativa de obstrução de um procedimento oficial. Trump nega que tenha cometido os crimes.
Interferência Eleitoral: Trump e outras 18 pessoas foram acusados de extorsão por tentarem reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020 no estado da Geórgia. A investigação que levou às acusações começou em fevereiro de 2021, após o vazamento do áudio de um telefonema entre Trump e Brad Raffensperger, secretário da Geórgia e principal funcionário eleitoral do estado.
Na gravação, Trump pressionou o funcionário por uma recontagem para ‘encontrar 11.780 votos’. Ele afirmou ainda que tinha vencido no estado, mas sem apresentar provas. Joe Biden acabou sendo declarado vencedor. O caso travou após a defesa tentar por diversas vezes desqualificar a promotora Fani Willis por um suposto relacionamento com Nathan Wade, que foi o promotor que ela nomeou para o caso.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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