Luis Stuhlberger critica o novo pacote fiscal como populismo eleitoreiro, alertando para gastos desenfreados e natureza assistencialista do governo, um problema estrutural que pode afetar a métrica de despesa em 2024.
Após o anúncio do pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira, 27 de novembro, o mercado começou a fazer as contas e a avaliar o impacto fiscal que essas medidas terão no futuro. Luis Stuhlberger, da gestora Verde Asset, um dos maiores nomes da indústria de investimentos do Brasil, teve tempo para analisar as informações e não parece muito otimista com o resultado.
Segundo Stuhlberger, o pacote fiscal apresentado pode ter um impacto financeiro significativo no país, afetando a economia de forma geral. Além disso, ele também destaca que as medidas podem ter um impacto orçamentário negativo, o que pode afetar a capacidade do governo de investir em áreas importantes. A falta de clareza nas propostas é um dos principais pontos de preocupação para Stuhlberger, que acredita que o pacote fiscal pode ter consequências econômicas graves se não for bem gerenciado. A incerteza é um grande desafio para o mercado e para a economia como um todo.
Preocupações Fiscais
Em uma conversa exclusiva, Stuhlberger expressou sua preocupação com o pacote de redução de despesas do governo, que ele considera uma ‘gorjeta’ diante do tamanho dos gastos do governo que vêm subindo ano a ano. Ele destaca que o problema é estrutural e que o governo não está preocupado em cortar gastos. Stuhlberger afirma que os gastos com funcionários ativos, aposentados e beneficiários de programas sociais, como Bolsa Família e BPC, devem chegar a R$ 1,6 trilhão em 2025, um aumento de 60% em quatro anos.
Ele critica a natureza assistencialista do Brasil e afirma que a culpa é de todos os poderes do governo. Stuhlberger também destaca que o Brasil é o país emergente que mais gasta no mundo, muito acima do resto. Ele afirma que a despesa para 2024 já está correndo a R$ 400 bilhões acima do extinto teto de gastos, um número descomunal.
Desafios Econômicos
Stuhlberger também destaca que o cenário para 2025 não será fácil, com um PIB que vai crescer menos e juros mais altos. Ele afirma que o Brasil terá menos receita e mais juros, uma situação muito delicada. Ele também comenta sobre o dólar, que bateu em R$ 6, e afirma que o governo precisará de um juro muito alto para evitar que o dólar suba mais.
Ele critica a forma como as propostas de isenção de IR e taxação mínima foram apresentadas, mas destaca que a taxação das aplicações financeiras não é ruim, pois acaba com as distorções causadas por títulos incentivados. Stuhlberger também afirma que o governo está tentando levar o mercado a acreditar que o problema é apenas de ‘small numbers’, mas que o problema é muito mais profundo.
Desafios Fiscais
Stuhlberger destaca que o governo está tentando fechar a conta do arcabouço fragilizado, mas que o problema é muito mais complexo. Ele afirma que o governo precisa de uma abordagem mais ampla para resolver os problemas fiscais do país. Ele também destaca que o mercado está reagindo de forma negativa às propostas do governo e que o governo precisa de uma abordagem mais transparente e honesta para resolver os problemas fiscais do país.
Ele também comenta sobre a importância de uma política fiscal mais responsável e que o governo precisa de uma abordagem mais estrutural para resolver os problemas fiscais do país. Stuhlberger destaca que o governo precisa de uma política fiscal mais transparente e honesta para resolver os problemas fiscais do país e que o mercado está reagindo de forma negativa às propostas do governo.
Fonte: @ NEO FEED
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