Problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista foram apresentados. Após dano, aeronave prefixo disponibilizou aerovessel.
O ‘Fantástico’ deste domingo (11) revelou que o avião turboélice modelo ATR-72-500 da Voepass, que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, havia passado por uma manutenção após um acidente estrutural, em março deste ano. A queda, nesta sexta (9), provocou a morte de 62 pessoas.
O acidente aéreo em Vinhedo se transformou em uma verdadeira tragédia para as famílias das vítimas. A investigação sobre as causas do acidente está em andamento, buscando esclarecer o que levou à queda do avião e as circunstâncias que resultaram na perda de tantas vidas.
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A partir de um cruzamento de dados obtidos nos sites de órgãos oficiais e outras fontes, a produção do jornalístico apurou que a aeronave prefixo PS-VPB vinha enfrentando uma série de paradas para manutenção. Problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista foram alguns pontos apresentados. As complicações começaram no dia 11 de março deste ano, quando um relatório oficial descreveu um ‘contato anormal’ do avião com a pista na hora do pouso, durante uma viagem do Recife para Salvador. O choque da cauda com a pista provocou um ‘dano estrutural’ na aeronave, de acordo com o que foi descrito no sistema de manutenção da empresa. ‘O problema hidráulico em qualquer aeronave, seja um ATR, seja um boeing, seja um Airbus, ele é altamente significativo. Teve dano estrutural. Que tipo de correção foi efetuada pelo grupo Voepass na sua manutenção, para disponibilizar a aerovessel a voo?’, questionou o comandante Ruy Guardiola, pioneiro no uso de ATR no Brasil. Problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista foram alguns pontos apresentados. O turboélice ficou estacionado na capital baiana por 17 dias, até 28 de março. Após o período, o avião teria passado por consertos na oficina da Voepass, em Ribeirão Preto. Ele só teria voltado a voar no dia 9 de julho. Em seu primeiro voo, de Ribeirão Preto até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, houve uma despressurização. Por conta disso, a aeronave retornou para a oficina da companhia, sem passageiros. Foram mais quatro dias parados para um novo reparo. Apenas no dia 13 de julho, o ATR voltou a voar comercialmente, até cair na sexta (9) passada. ‘Pode ser um fator contribuinte? Pode. Porque não é possível uma aeronave que tem um dano estrutural ser liberada para voo. Isso a investigação agora vai verificar. Tem que verificar’, disse Guardiola. Um dia antes do acidente, a jornalista Daniela Arbex pegou o mesmo avião e relatou nas redes sociais que o ar-condicionado não estava funcionando. Em vídeo, é possível ver os passageiros passando mal dentro do turboélice, e um homem que chegou a tirar a camisa por causa do calor. ‘Foi terrível. Eu fiquei muito angustiada diante daquela situação, porque eu pensei assim, se eles não são capazes de fazer uma manutenção adequada num simples ar-condicionado, será que esse voo é seguro?’, refletiu ela. Outro ponto citado foi a presença de gelo na rota. Segundo o jornalístico, outros pilotos que passaram pelo mesmo trecho naquele dia também enfrentaram este problema. As causas do acidente seguem sendo investigadas, entretanto, uma das hipóteses é que o acúmulo de gelo nas asas possa ter provocado a tragédia. Queda de avião no interior de SP.
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Fonte: @ Hugo Gloss
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