Acordo concluído em Baku, Azerbaijão, após adiamentos, abordando Cúpula, Clima, financiamento climático e recursos públicos e privados para países em desenvolvimento.
A Cúpula do Clima (COP-29) superou as expectativas e alcançou um acordo histórico sobre o financiamento climático, após um longo e difícil processo de negociação. Esse acordo estabelece uma nova meta de financiamento para os países ricos apoiarem os países em desenvolvimento em suas lutas contra as mudanças climáticas.
O acordo é visto como um grande passo adiante no combate às mudanças climáticas, pois garante o acesso a recursos financeiros para os países em desenvolvimento implementarem projetos de investimento em energias renováveis e reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o acordo também prevê o fornecimento de apoio financeiro para ajudar os países a se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas. A cooperação internacional é fundamental para enfrentar esse desafio global. O financiamento climático é essencial para garantir um futuro sustentável para todos.
Financiamento Climático: Um Passo Adiante
A Conferência das Partes (COP-29) sobre mudanças climáticas aprovou um acordo histórico para o financiamento climático, estabelecendo um montante mínimo de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,74 trilhão) até 2035. Embora estudos apontem que os países em desenvolvimento precisem de US$ 1,3 trilhão (R$ 7,5 trilhões) para lidar com as consequências do aquecimento global, o acordo é visto como um passo importante para o financiamento climático.
O tema do financiamento climático foi o principal da conferência, que foi chamada informalmente de ‘COP das Finanças’. A decisão foi recebida com aplausos, mas também foi criticada por diversos países, especialmente em desenvolvimento, que argumentam que o montante é insuficiente e que os países ricos não estão cumprindo com suas obrigações.
Desafios e Críticas
A aprovação do acordo ocorreu em uma sessão plenária na madrugada de domingo, 24, em Baku, capital do Azerbaijão. O evento foi marcado pela ausência da maioria dos grandes líderes mundiais na cúpula de chefes de estado e pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, que criou um contexto geopolítico polarizado e de guerras.
Diego Pacheco, representante da Bolívia, disse que a decisão é um exemplo de omissão dos países ricos. ‘É um insulto aos países em desenvolvimento. Financiamento climático não é caridade, é uma obrigação legal, e um direito dos povos do sul global’, afirmou.
Já o comissário europeu de Ação Climática, Wopke Hoekstra, elogiou a decisão. ‘A COP-29 será lembrada como o início de uma era de financiamento climático’, defendeu.
Recursos e Investimento
O acordo estabelece que os recursos para o financiamento climático poderão vir de diversas fontes, públicas e privadas, abrindo margem até para contabilizar bancos multilaterais. O texto também reconhece as barreiras fiscais enfrentadas pelos países em desenvolvimento e chama a todos os atores dos setores público e privado para ‘trabalharem juntos’ para aumentar a contribuição gradualmente, para chegar a US$ 1,3 trilhão até 2035.
O financiamento climático é essencial para que os países em desenvolvimento possam fazer adaptação e mitigação climáticas e transição energética, considerando a responsabilidade histórica que os países ricos reconheceram no Acordo de Paris, por serem os maiores emissores de gases do efeito estufa historicamente.
Apoio Financeiro e Investimento
O acordo também estabelece que os países ricos devem fornecer apoio financeiro aos países em desenvolvimento para que eles possam lidar com as consequências do aquecimento global. O investimento em tecnologias limpas e em projetos de adaptação e mitigação climáticas é fundamental para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e para promover o desenvolvimento sustentável.
O financiamento climático é um desafio complexo que requer a cooperação de todos os atores envolvidos. É necessário que os países ricos cumpram com suas obrigações e forneçam o apoio financeiro necessário para que os países em desenvolvimento possam lidar com as consequências do aquecimento global.
Fonte: @ Terra
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