Informe da Fiocruz mostra aumento de infecções respiratórias no Brasil, com destaque para Covid e influenza A; mortalidade principalmente pelo Sars-CoV-2. Boletim InfoGripe.
Durante a temporada de inverno, é comum observar um aumento nos casos de síndromes respiratórias, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). É importante estar atento aos sintomas, como tosse, febre e falta de ar, e buscar atendimento médico assim que necessário para um diagnóstico e tratamento adequados.
O Brasil tem registrado um aumento significativo de casos de SRAG em todas as faixas etárias, especialmente durante a pandemia da COVID-19. É fundamental seguir as medidas de prevenção, como o distanciamento social e o uso de máscara, para evitar a propagação dos vírus respiratórios. A atenção à saúde respiratória é essencial para a proteção individual e coletiva.
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Incremento nas Internações por Síndromes Respiratórias
O estudo revelou que os surtos estão relacionados ao Sars-CoV-2, agente causador da Covid-19, influenza – responsável pela gripe -, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. A presença do novo coronavírus tem se destacado nos estados do Centro-Sul do Brasil, ao passo que a gripe, especialmente a influenza A, está em ascensão no Nordeste, Sudeste e Sul do país.
Em consonância com dados da Fiocruz, o acréscimo de casos nas regiões Sul e Sudeste é impulsionado pela presença tanto do Covid-19 quanto da gripe. ‘Infelizmente, estamos testemunhando um acréscimo nas hospitalizações associadas a essas infecções respiratórias em praticamente todas as regiões do país.
O VSR é o patógeno mais disseminado atualmente entre as crianças pequenas, enquanto o rinovírus tem sido identificado em crianças e pré-adolescentes’, esclarece Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe. O relatório contém informações referentes ao período de 3 a 9 de março agregadas no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 11 de março.
Mortalidade por Vírus Respiratórios e Prevenção
Em relação aos óbitos por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) com confirmação laboratorial positiva para algum vírus respiratório em 2024, 5,2% foram atribuídos à influenza A, 0,3% à influenza B, 1,2% ao VSR e expressivos 90,9% ao Sars-CoV-2 (Covid-19).
Gomes destaca a importância da prevenção, enfatizando que indivíduos com sintomas respiratórios devem evitar o contato próximo com outras pessoas e utilizar máscaras ao sair de casa. ‘No que tange ao Covid e à gripe, a vacinação precisa ser mantida em dia’, complementa.
Imunização: Estratégias e Público-Alvo Prioritário
Uma nova abordagem de vacinação contra o Covid-19, com a inclusão do imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI), entrou em vigor em janeiro deste ano, priorizando crianças de 6 meses a menores de cinco anos e grupos prioritários, como idosos e imunocomprometidos.
O esquema de imunização inclui doses semestrais para pessoas com 60 anos ou mais, indivíduos imunocomprometidos, gestantes e puérperas. A vacinação será anual para os demais grupos prioritários, abrangendo profissionais e residentes de instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, detentos com 18 anos ou mais, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas e população em situação de rua.
Por outro lado, a campanha de vacinação contra o vírus influenza, responsável pela gripe, foi adiantada para março neste ano, distribuindo doses para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na região Norte, a imunização será disponibilizada posteriormente, devido aos surtos de infecções durante o ‘inverno amazônico’.
Público-Alvo e Locais de Vacinação Contra Influenza
Diversos grupos devem receber a imunização contra influenza, tais como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos, profissionais de saúde, gestantes, puérperas, professores, povos indígenas, idosos com 60 anos ou mais, pessoas em situação de rua, trabalhadores de segurança e salvamento, profissionais das Forças Armadas, indivíduos com doenças crônicas e outras condições especiais, pessoas com deficiência, caminhoneiros, trabalhadores de transporte, profissionais portuários, funcionários do sistema prisional, população carcerária, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, entre outros.
Fonte: @ Veja Abril
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