Projeto Kuiper: constelação de milhares de satélites em órbita terrestre baixa no espaço, oferecendo acesso à internet via terminal de conexão, impulsionando o desenvolvimento de negócios na América Latina em 2025.
A internet via satélite está prestes a ganhar um novo concorrente no mercado. A Amazon, liderada pelo bilionário Jeff Bezos, está preparando o lançamento do seu serviço de internet via satélite, o Projeto Kuiper, na América Latina a partir de 2025. Isso significa que o Brasil terá mais uma opção de conexão à internet via satélite em 2026.
A chegada do Projeto Kuiper ao mercado pode representar uma mudança significativa na forma como as pessoas acessam a internet no Brasil. Com a promessa de oferecer uma conexão rápida e estável, o serviço pode ser uma opção atraente para aqueles que buscam uma rede de internet mais confiável. Além disso, a concorrência com a Starlink, serviço de internet via satélite do bilionário Elon Musk, pode impulsionar a inovação e melhorar a qualidade dos serviços de internet via satélite no país. A internet é um direito fundamental e a concorrência pode ajudar a torná-la mais acessível e de qualidade para todos. A tecnologia está em constante evolução e é importante que os serviços de internet via satélite estejam preparados para atender às necessidades dos usuários.
Conexão à Internet por Satélite: Projeto Kuiper e Starlink
O Projeto Kuiper e a Starlink compartilham várias características, incluindo o uso de satélites compactos que operam na chamada ‘órbita terrestre baixa‘ (LEO) e o foco em usuários de regiões com pouca oferta de internet. Ambos também buscam governos como clientes, com a Starlink já sendo utilizada em batalhões do Exército e navios da Marinha, enquanto o Projeto Kuiper oferecerá dispositivos com mais capacidade voltados para o uso por órgãos públicos.
Para entrar nesse mercado, a Amazon planeja operar 3.236 satélites, criando uma ‘constelação‘ em que os equipamentos operam em movimentos coordenados no espaço. A empresa afirma que o Projeto Kuiper funcionará da seguinte forma:
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* Os satélites ficarão em altitudes de 590 km a 630 km da Terra, enquanto modelos da Starlink ficam mais próximos, a 550 km, e satélites convencionais (ou geoestacionários), a 35.000 km. A proximidade da Terra diminui a latência, um índice importante para chamadas de vídeo e jogos online.
* A velocidade de download será de até 1 gigabit por segundo (Gbps), quatro vezes o limite da Starlink, que diz alcançar até 220 megabits por segundo (Mbps). Na prática, a Starlink tem média de 70 Mbps, segundo dados da SpeedTest (Ookla) de 1º trimestre de 2023.
* A conexão será feita por um terminal que poderá ter o tamanho de um livro (essa versão, no entanto, só alcançará velocidades de até 100 Mbps).
* Clientes na América Latina serão atendidos pela Vrio, dona da operadora de TV por satélite Sky, que firmou acordo com a Amazon na região.
Expansão do Projeto Kuiper e Starlink
O acordo de Amazon e Vrio levará o Projeto Kuiper para sete países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. A Starlink, por sua vez, diz que seu serviço já está disponível em mais de 80 países. No Brasil, os provedores deverão se concentrar primeiro em regiões com baixos índices de acesso à internet.
‘Nosso foco está nos clientes que, hoje, moram fora da área de cobertura de empresas de fibra’, afirmou ao g1 o líder de desenvolvimento de negócios do Projeto Kuiper na América Latina, Bruno Henriques. ‘Mas a nossa rede também é bem flexível para atender governos, como conectar escolas e hospitais, e para atender empresas que estão em áreas mais remotas e de difícil acesso. E com foco muito grande em emergências e atendimento a desastres naturais’.
O segmento de internet via satélite representa 1% dos acessos de banda larga fixa no Brasil, segundo dados da Anatel, em julho de 2024. A Starlink lidera essa categoria, com 44,6% de participação. O provedor de internet de Musk quase triplicou de tamanho em um ano, saindo de 90 mil acessos em julho de 2023, para 224 mil, em julho de 2024, de acordo com a Anatel.
Regulamentação e Investimentos
Os dois serviços pagaram R$ 102 mil cada um para usar os seus satélites comercialmente no Brasil. Eles receberam da Anatel o direito de oferecer serviços no país ao menos até 2027. ‘A Anatel concede a outorga para essas empresas desde que as bandas de frequências não interfiram os serviços que já existem’, explicou a agência reguladora.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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