Região destacou-se na redução da fome em 5,4 mi em 2 anos com programas sociais de transferência de renda com condicionantes.
A América do Sul desempenha um papel crucial no combate à fome global. Iniciativas de proteção social e de transferência de renda bem estabelecidas têm colocado os países em evidência, conforme destacado pelo economista-chefe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o peruano Maximo Torero. ‘A pandemia nos fez regredir 15 anos no que diz respeito ao combate à fome.
Além disso, é fundamental reduzir os níveis de fome e insegurança alimentar ao fortalecer os sistemas agroalimentares. A cooperação internacional é essencial para combater efetivamente a fome e garantir a segurança alimentar global’, ressaltou Torero.
Combate à fome: lições aprendidas em 15 anos de luta
Desde a América do Sul até outras regiões do mundo, o combate à fome tem sido uma batalha constante. A transferência de renda e os programas sociais desempenham um papel de destaque nesse cenário, auxiliando na redução dos níveis de fome e insegurança alimentar. Os sistemas agroalimentares têm sido fundamentais para alimentar populações em situação de vulnerabilidade.
Para Maximo Torero, o papel de destaque dos programas de proteção social, como as transferências de renda com condicionantes, é crucial para melhorar o capital humano e garantir acesso à educação e saúde, principalmente para as crianças. Ele destaca que regiões como a América do Sul têm investido cada vez mais nesses sistemas, colhendo resultados positivos.
A América Latina se destaca por possuir um sistema de proteção social bem estruturado, que tem evoluído ao longo dos anos, com países como o Brasil e o México na vanguarda desse movimento. Esses programas têm contribuído para a redução da insegurança alimentar severa, como evidenciado pela queda de 8,5% para 6,6% no Brasil.
Segundo o relatório da FAO, divulgado recentemente, a fome ainda é uma realidade para muitas pessoas no mundo, com uma em cada 11 enfrentando essa situação. No entanto, há avanços, como a redução de 5,4 milhões de pessoas em situação de fome na América do Sul.
Maximo Torero destaca a importância de aprender com as regiões que conseguiram melhorar e de focar em estratégias para melhorar o financiamento da segurança alimentar. Ele ressalta a necessidade de coordenar melhor os recursos disponíveis e de conscientizar os doadores sobre os desafios enfrentados pelo setor agroalimentar.
Em um cenário global desafiador, com a pandemia de covid-19 impactando a segurança alimentar, é fundamental buscar soluções inovadoras e eficientes para garantir que a meta de redução da fome até 2030 seja alcançada. A colaboração entre governos, organizações e a sociedade civil é essencial para enfrentar esse desafio e garantir o direito básico de todos: o acesso a alimentos suficientes e nutritivos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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