O inquérito investigará fraudes contábeis e a falta de independência do ex-diretor presidente Miguel Gutierrez, com entrevistas do comitê independente.
A notícia que agitou o mercado financeiro foi o anúncio de que o primeiro dos processos investigativos envolvendo a Americanas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) será finalizado no próximo mês de maio. A previsão divulgada pelo renomado colunista Lauro Jardim do jornal ‘O Globo‘ traz expectativa para o desfecho dessa apuração, que estava com prazo estendido, contrariando as projeções iniciais.
Enquanto o desfecho do caso da Americanas se aproxima, os investidores aguardam ansiosamente por novidades sobre o desenrolar dos processos envolvendo a empresa de código de negociação AMER3. A transparência nas informações divulgadas será fundamental para a confiança do mercado, que está atento a cada detalhe das investigações em curso.
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Americanas: Investigações da CVM miram ex-diretor presidente
Nesta etapa, o inquérito vai mirar o ex-diretor presidente da Americanas Miguel Gutierrez, que está no centro do primeiro dos processos de investigação abertos na CVM sobre as fraudes contábeis na companhia.
Ainda segundo a coluna de Lauro Jardim, nos próximos dias, Gutierrez dará seu segundo depoimento ao comitê independente da companhia, criado para apurar as fraudes contábeis da varejista. Ele depôs pela primeira vez ao comitê em janeiro deste ano. O ex-executivo falará novamente de Madri, onde está radicado desde meados de 2023.
O depoimento será dado ao presidente do comitê, Otávio Yasbek, nomeado pelo conselho de administração da Americanas. Gutierrez presidiu a varejista por 20 anos e estava no cargo antes que Sergio Rial assumisse e tornasse público o rombo contábil bilionário nas contas da varejista, em 11 de janeiro de 2023.
AMER3: Mais investigações e depoimentos no horizonte
Em setembro do ano passado, em carta enviada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que apurava as fraudes nas contas da Americanas, Gutierrez acusou o comitê independente da varejista de suposta falta de independência.
Na ocasião, em resposta, o comitê refutou a insinuação de que estaria atuando a serviço dos acionistas de referência da companhia e reafirmou sua ‘qualidade técnica’. Também negou que tivesse se recusado a ouvir Gutierrez nas investigações conduzidas até então.
‘A realização de entrevistas em uma investigação externa independente segue uma metodologia própria, que implica que o indivíduo em questão seja ouvido apenas após realizadas determinadas diligências’, disse o comitê sobre a marcação de entrevistas à época.
Com informações do Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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