Tribunal de júri absolveu dois réus acusados de assassinato de policiais após oito anos. Acusação baseada em denúncia anônima e depoimento forçado.
O júri popular da 4ª Vara de Fortaleza tomou uma decisão surpreendente no último dia 15 de março, absolvendo dois réus acusados do assassinato de três policiais militares após oito anos de prisão preventiva. A defesa, representada por uma banca de advogados renomados, conseguiu convencer os jurados da inocência de Fábio Oliveira e Fábio Jandson. O caso chocante ocorreu no dia 30 de junho de 2016, gerando grande repercussão na mídia.
O desfecho do julgamento foi inesperado para muitos, levantando questionamentos sobre a eficácia do sistema judiciário. Mesmo com todas as provas apresentadas pelo Ministério Público, o júri decidiu absolver os réus, deixando a sociedade perplexa. A decisão do júri evidenciou a complexidade dos casos que chegam até o tribunal do júri, mostrando a importância de um processo justo e imparcial.
Confronto entre criminosos e policiais militares resulta em três agentes mortos
Em determinada ocasião, um grave confronto entre criminosos e policiais militares resultou na morte de três agentes de segurança. Todo o processo teve início a partir de uma denúncia anônima que indicava que um grupo se encontraria em local desconhecido para ‘cometer uma parada’ e mencionava os nomes de dez pessoas suspeitas.
Julgamento no tribunal do júri destaca defesa de Fábio Oliveira e Fábio Jandson
Dentre os indivíduos listados na denúncia estavam Fábio Oliveira e Fábio Jandson, que tiveram suas prisões decretadas. No entanto, é importante ressaltar que todos os policiais sobreviventes afirmaram que os criminosos estavam com os rostos cobertos, utilizando balaclavas, camisas de mangas longas, luvas e calças.
No decorrer do julgamento no tribunal do júri, a defesa enfatizou que todos os exames realizados em Fábio Oliveira, como os papiloscópicos, balísticos e de DNA, apresentaram resultados negativos. Tal fato indicava a inocência do réu, porém, a justiça cearense optou por não libertá-lo. A principal testemunha do Ministério Público foi um frentista de um posto de gasolina.
Depoimento forçado marca desfecho do julgamento de Fábio Oliveira e Fábio Jandson
O frentista alegou que estava extremamente nervoso ao prestar seu depoimento inicial e que passou quase 24 horas sob custódia policial. Ele confessou que relatou apenas o que os policiais o instruíram a dizer. Diante dessas circunstâncias, Fábio Oliveira e Fábio Jandson foram absolvidos pelo conselho de sentença do tribunal do júri.
A equipe de defesa foi liderada pelo advogado Talvane Moura e contou com a participação da filha de um dos acusados, que testemunhou a prisão de seu pai aos 15 anos de idade. Tal experiência a motivou a cursar Direito para demonstrar a inocência de seu genitor. Acesse a decisão completa do processo 0011316-34.2022.8.06.0151 para mais detalhes.
Fonte: © Conjur
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