Empresa planeja reestruturar dívida de R$ 11 bi com debenturistas e bondholders, capitalizando até R$ 1,5 bi em debêntures conversíveis.
A reunião de credores da Light (LIGT3) validou nesta quarta-feira (29) o projeto de recuperação judicial da empresa de energia, que visa reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões, conforme informado por assessores do procedimento. O plano foi aceito por mais de 99% dos credores, que incluem majoritariamente debenturistas, bondholders e bancos, impulsionando as ações para o pico da sessão com aumento superior a 5% e encerrando com crescimento de 5,31%, a R$ 5,16.
Essa aprovação da recuperação judicial da Light (LIGT3) representa um marco importante para a empresa, que agora busca implementar um plano de reestruturação financeira para superar os desafios enfrentados. Com o apoio maciço dos credores, a companhia está confiante no processo de reestruturação e no futuro promissor que se vislumbra, demonstrado pelo desempenho positivo das ações no mercado financeiro.
Plano de Recuperação Judicial da Light: Capitalização e Conversão de Créditos
A discussão em assembleia sobre o plano de recuperação judicial da Light teve início no final do mês anterior, mas foi interrompida devido a solicitações de credores por mais tempo para revisar os termos propostos. Após uma nova rodada de negociações no último período, a expectativa era de uma aprovação abrangente nesta quarta-feira, uma vez que a empresa havia fechado acordos com uma parcela significativa de seus credores, especialmente debenturistas e bondholders.
Conforme os termos aprovados, a Light realizará uma capitalização de até R$ 1,5 bilhão, com R$ 1,0 bilhão provenientes de seus acionistas de referência: Nelson Tanure, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira. Além disso, o plano inclui a conversão de parte dos créditos em ações, por meio de debêntures conversíveis, com um limite de R$ 2,2 bilhões, e o pagamento integral aos credores com créditos de até R$ 30 mil, entre outras medidas.
O plano já obteve a aprovação dos acionistas da Light e agora aguarda a decisão do juiz responsável pelo caso. A Light entrou com o pedido de recuperação judicial no meio do ano passado, após uma deterioração da situação econômico-financeira de sua distribuidora de energia, que presta serviços a mais de 30 municípios do Rio de Janeiro.
A perda de capacidade financeira da distribuidora resultou em uma intimação emitida pela agência reguladora Aneel, que poderia levar à revogação da concessão de distribuição. No entanto, essa intimação foi arquivada na semana passada, antes mesmo da aprovação do plano de recuperação judicial, demonstrando um voto de confiança da diretoria da Aneel nos esforços de reestruturação da empresa.
No processo de recuperação judicial, a Light está sendo representada pelos escritórios Salomão Advogados, BMA e Galdino e Coelho, que têm desempenhado um papel fundamental na condução das negociações e na elaboração do plano de reestruturação da empresa. A expectativa é de que a implementação do plano traga estabilidade financeira e sustentabilidade para a Light, permitindo que a empresa supere os desafios atuais e retome seu crescimento de forma sólida e consistente.
Fonte: @ Info Money
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