Cesta Básica: Fique atualizado com indicadores conhecidos como déficit primário, corte de juros e inflação medida.
Nesta terça-feira (26), o mercado financeiro está de olho na divulgação da ata do Copom, que traz insights sobre as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária. Além disso, o IPCA-15, que antecipa a inflação oficial, será divulgado, impactando as projeções do Banco Central.
No mesmo dia, serão divulgadas as contas do Governo Central, com expectativa de déficit primário em fevereiro. O mercado espera que as medidas adotadas pelo Comitê de Política Monetária tenham efeitos positivos, reduzindo os impactos econômicos da pandemia.
Ata da reunião do Copom e expectativas do mercado
Lá fora, as expectativas estão na inflação medida pelo PCE, nos Estados Unidos, especialmente após um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ter afirmado que só haverá um corte de juros em 2024. Hoje, os investidores ficam de olho no que dirá a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Desta vez, o comunicado ganha ainda mais importância porque o Banco Central mudou sua comunicação quando divulgou o novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic. Nas quedas anteriores, a autoridade monetária dizia que outros cortes da mesma magnitude aconteceriam nas próximas reuniões.
Agora, porém, o BC disse que mais um corte, no singular, deve acontecer. Com isso, ficou a dúvida se a trajetória de queda da Selic seria interrompida, ou se os cortes seriam maiores (ou até mesmo menores).
Repercussões do segundo corte de juros
Portanto, a ata do Copom, que será divulgada hoje às 8h, deve ser lida ‘de lupa’ pelo mercado. Além da ata, o mercado acompanha também o IPCA-15 de março.
O indicador, conhecido como ‘prévia da inflação’ deve ficar em 0,3%, segundo a mediana das projeções de 30 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. As estimativas variam de 0,26% a 0,51%. Os dados oficiais serão divulgados nesta terça-feira, às 9h, pelo IBGE.
Em fevereiro, o indicador ficou em 0,78%, abaixo da mediana das 29 projeções coletadas pelo Valor Data, que apontava para uma inflação de 0,81%. Por fim, a agenda do dia ainda tem divulgação, pelo Tesouro Nacional, das contas públicas do governo central referentes ao mês de fevereiro às 14h30. A expectativa é de déficit.
Projeções e dados econômicos
O assunto ganha importância em meio a todas as discussões a respeito do cumprimento da meta fiscal. Em fevereiro, a arrecadação federal de impostos alcançou R$ 186,5 bilhões e bateu recorde. Por outro lado, o governo federal divulgou sua projeção para o resultado primário do governo central neste ano e a expectativa é de déficit.
Por fim, lá fora, os investidores aguardam ansiosos a divulgação da inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) nos Estados Unidos, que será divulgado na quinta-feira (28). O indicador é o favorito do Federal Reserve e deve ajudar balizar as decisões monetárias daqui em diante.
Ontem (25,) o presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed), Raphael Bostic, causou burburinhos no mercado após afirmar que os juros devem ser cortados apenas uma vez em 2024. Na semana passada, porém, o próprio Fed projetou três cortes neste ano, o que animou os investidores.
Resta ao mercado, portanto, aguardar os dados para tentar antecipar o que vem por aí.
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Fonte: @ Valor Invest Globo
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