A gestora de fundos hedge pode ter seu IPO após 2025. Antes disso, o fundador planeja vender parte da empresa, com US$ 18,3 bilhões em ativos sob gestão.
Diante das discussões sobre a atuação do gestor Bill Ackman e suas posições em relação à economia norte-americana e ao apoio a Israel no conflito com o Hamas, fica evidente a importância do papel do gestor no cenário atual.
Ao mesmo tempo, o investidor Ackman já planeja os próximos movimentos para a Pershing Square Capital Management, demonstrando sua habilidade em lidar com desafios e oportunidades no mercado financeiro.
Novos rumos para o gestor de fundos de hedge
Uma das notícias mais comentadas no mundo financeiro é a possível realização do IPO da gestora de fundos de hedge, que encerrou o ano de 2023 com um impressionante montante de US$ 18,3 bilhões em ativos sob gestão, de acordo com informações divulgadas pelo renomado periódico The Wall Street Journal. Fontes próximas à operação revelaram que a previsão é de que essa transação seja concretizada entre o final de 2025 e o início de 2026. Antes disso, no entanto, o gestor pretende alienar uma parte de sua participação na empresa.
Segundo o WSJ, o investidor está em negociações com potenciais investidores para uma rodada de investimento que poderá avaliar a empresa em aproximadamente US$ 10,5 bilhões. A expectativa é de que essa operação seja concluída nos próximos dias, embora o valuation esteja sendo considerado elevado para uma gestora de fundos de hedge.
Durante as conversas com possíveis interessados, a equipe da Pershing argumenta que esse valor é justificável, uma vez que planejam entregar retornos expressivos com ativos de alta complexidade. Atualmente, as principais posições da gestora incluem a rede de restaurantes Chipotle e a gravadora Universal Music.
Outro ponto levantado é a expectativa de ampliar a gestão de ativos e aumentar a receita por meio de taxas, com o lançamento de novos fundos. Em fevereiro, a gestora anunciou o lançamento de um fundo fechado listado na Bolsa de Nova York (NYSE), direcionado a investidores de menor porte.
De acordo com o WSJ, a gestora tem destacado aos potenciais investidores que devem compará-la a empresas como Brookfield Asset Management e Blue Owl Capital, em vez de outras gestoras de fundos de hedge. A Pershing tem se posicionado recentemente como uma gestora com visão de longo prazo e baixa volatilidade.
A Brookfield, com mais de US$ 925 bilhões em ativos e valor de mercado de US$ 15 bilhões, e a Blue Owl, avaliada em US$ 28 bilhões e administrando mais de US$ 174 bilhões em ativos, são citadas como referências no setor. Caso o IPO se concretize, será o primeiro do tipo envolvendo gestoras de fundos de hedge em um longo período.
Após algumas listagens anteriores à crise financeira de 2008, os investidores passaram a adotar uma postura mais cautelosa em relação às ações dessas gestoras. A incerteza em relação às receitas provenientes de taxas de administração e performance, a possibilidade de resgates e a volatilidade dos retornos têm levado muitos a repensar seus investimentos nesse segmento.
Ackman fundou a Pershing em 2004 como uma gestora de fundos de hedge com abordagem ativista. Ele ganhou destaque em Wall Street ao liderar campanhas agressivas contra empresas como a rede de fast food Wendy’s e a administradora de shopping centers General Growth Properties, atualmente parte da Brookfield Properties.
Durante os anos de 2015 a 2017, a gestora enfrentou desafios relacionados a investimentos na farmacêutica Valeant Pharmaceuticals e em apostas contra a fabricante de suplementos Herbalife. Durante a pandemia, a Pershing obteve um ganho significativo de US$ 5 bilhões com operações de hedge para proteger seus ativos.
Fonte: @ NEO FEED
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