Há elementos de prova que demonstram que o planejamento era reportado a Jair Bolsonaro, no Palácio do Alvorada, ameaçando o Estado Democrático e os valores que regem o Alto Comando do Exército e Aeronáutica.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi acusado de ter conhecimento prévio do Golpe de Estado que estava sendo planejado. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, Bolsonaro foi indiciado juntamente com outras 36 pessoas por sua suposta participação na trama golpista.
A investigação revelou que Bolsonaro estava ciente da Tentativa de golpe e da ruptura institucional que estava sendo planejada por seus aliados. Além disso, o inquérito também apontou que Bolsonaro teria participado de ações clandestinas para minar a democracia no país. A conclusão do inquérito é clara: o Golpe de Estado não foi um ato isolado, mas sim o resultado de uma trama mais ampla que envolveu várias pessoas, incluindo o ex-presidente. A justiça deve ser feita e os responsáveis devem ser punidos.
Investigação Revela Planejamento de Golpe de Estado
De acordo com as investigações, há evidências robustas que demonstram que o planejamento e a execução dos atos golpistas eram reportados diretamente a Jair Bolsonaro ou por intermédio de Mauro Cid. As provas coletadas, incluindo registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs, datas e locais de reuniões, indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022.
Essas ações clandestinas fazem parte de uma tentativa de golpe de Estado, que visava a ruptura institucional do país. No entanto, a consumação do golpe não ocorreu, apesar da continuidade dos atos para conclusão da ruptura institucional, por circunstâncias alheias à vontade do então presidente da República.
Resistência do Alto Comando
Segundo a PF, a posição pelo golpe de Estado foi mantida mesmo depois que os comandantes do Exército e da Aeronáutica, general de Exército Freire Gomes e Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Junior, e da maioria do Alto Comando do Exército, se permanecerem fiéis aos valores que regem o Estado Democrático de Direito, não cedendo às pressões golpistas. Essa resistência foi fundamental para evitar a consumação do golpe de Estado e manter a estabilidade do país.
A investigação também revela que a organização criminosa responsável pelo planejamento do golpe de Estado não desistiu de seus planos, mesmo após a resistência do Alto Comando. Isso demonstra a gravidade da situação e a necessidade de medidas firmes para prevenir futuras tentativas de golpe de Estado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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