Ministério da Saúde apoia pesquisa de nova vacina contra tuberculose para acelerar coberturas vacinais e atingir grupos vulneráveis.
Como parte das discussões da 77ª Assembleia Mundial da Saúde, o Brasil liderou uma conversa sobre a erradicação da tuberculose no território nacional e global. O segundo encontro do Conselho para Aceleração de Vacinas contra a Tuberculose foi realizado nesta terça-feira (28), na sede da UNAIDS, em Genebra, Suíça, reforçando a importância do combate à tuberculose.
A doença da tuberculose continua sendo um desafio para a saúde pública em muitas regiões do mundo, destacando a necessidade urgente de investimentos em vacinas contra a tuberculose. A discussão durante a reunião enfatizou a importância da cooperação internacional para alcançar a meta de eliminação da tuberculose até 2030, ressaltando a relevância de ações conjuntas para garantir um futuro livre dessa enfermidade.
Avanços na Programação de Vacinas contra a Tuberculose
De acordo com Agnes Soares, representante do Ministério da Saúde na área de vigilância em saúde e ambiente, o Brasil destaca-se pela sua programação de imunizações, fundamental para a eliminação da tuberculose. O país tem sido reconhecido internacionalmente por seu comprometimento com a saúde pública e o desenvolvimento da vacina contra a tuberculose.
Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) testemunhou um aumento significativo na cobertura vacinal, abrangendo 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil em comparação com o ano anterior. O Ministério da Saúde tem dedicado esforços para manter altas coberturas vacinais, incluindo a vacina contra a tuberculose, essencial para a prevenção da doença.
A vacina BCG, que protege contra as formas graves da tuberculose, registrou um aumento notável, especialmente importante na proteção de crianças menores de 5 anos. Agnes enfatizou a importância dessa estratégia, destacando que, apesar dos avanços, a batalha contra a tuberculose ainda demanda mais ações.
A pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade crítica de financiamento para vacinas, ressaltando a importância de investimentos contínuos nesse setor. Agnes destacou a capacidade do Brasil em produzir e distribuir vacinas de forma equitativa, graças a instituições renomadas como a Fiocruz e o Instituto Butantã.
Agnes reforçou que as vacinas são cruciais para conter a propagação da tuberculose em diversos grupos populacionais, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social. A tuberculose continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil, afetando principalmente pessoas em condições desfavoráveis, como portadores de HIV/aids, população carcerária, moradores de rua e indígenas.
O Brasil, listado entre os países com alta incidência de tuberculose, tem se empenhado na busca pela eliminação da doença. O país lançou uma política governamental pioneira para combater 14 doenças e infecções, incluindo a tuberculose, como problemas de saúde pública que afetam as populações mais vulneráveis.
Diante do Conselho para Aceleração de Vacina contra a Tuberculose, Agnes anunciou que o Brasil promoverá intercâmbio científico e colaboração interdisciplinar para acelerar o progresso rumo à eliminação da tuberculose. A comunidade brasileira de pesquisa em tuberculose oferece um ambiente propício para descobertas científicas, com instituições como a Fiocruz e o Butantan liderando esforços nesse sentido.
O investimento em pesquisa e inovação no combate à tuberculose tem aumentado significativamente, com a expectativa de resultados promissores para a população brasileira e além. Em 2024, o Brasil concorre para sediar o 7º Fórum Global sobre Vacinas contra a Tuberculose, reforçando seu compromisso com a saúde pública e a eliminação dessa doença devastadora.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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