IBGE divulga dados da PNAD Contínua sobre Trabalho Infantil em 2023, lista atividades perigosas e TIP em domicílios.
Em 2023, o Brasil registrou um número significativo de casos de Trabalho Infantil, com cerca de 586 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos exercendo atividades perigosas que colocam em risco a saúde e estão listadas na Lista TIP. Essa é uma questão grave que afeta a vida de muitas crianças e adolescentes no país.
A redução de 22,5% em relação a 2022, quando 756 mil crianças e adolescentes estavam nessa situação, é um passo positivo, mas ainda há muito trabalho a ser feito para erradicar a Exploração de crianças e adolescentes no Brasil. É fundamental proteger a Criança e o Adolescente de atividades que podem prejudicar sua saúde e bem-estar, garantindo que eles tenham acesso à educação e oportunidades de desenvolvimento saudáveis. A erradicação do Trabalho Infantil é um desafio que exige ação conjunta de todos.
Trabalho Infantil: Um Problema Persistente no Brasil
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua sobre o Trabalho de Crianças e Adolescentes em 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Trabalho Infantil continua a ser um problema grave no Brasil. Os dados mostram que 1,607 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de Trabalho Infantil em 2023, o que representa uma queda de 14,6% em relação a 2022 e de 23,9% em relação a 2016.
A pesquisa também identificou que as crianças e adolescentes mais jovens são as mais atingidas pelo Trabalho Infantil. 65,7% das crianças e adolescentes de 5 a 13 anos realizavam as piores formas de Trabalho Infantil, enquanto 55,7% dos jovens de 14 e 15 anos e 34,1% dos jovens de 16 e 17 anos também estavam em situação de Trabalho Infantil.
Além disso, a pesquisa mostrou que o Trabalho Infantil não é apenas uma questão de exploração econômica, mas também de exploração social. As crianças e adolescentes que trabalhavam também realizavam afazeres domésticos, com 75,5% dos que trabalhavam realizando essas atividades, em comparação com 51,7% dos que não trabalhavam.
Quem são as Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Infantil?
A pesquisa também identificou que as crianças e adolescentes em situação de Trabalho Infantil são, em sua maioria, homens (63,8%) e pretos ou pardos (65,2%). Além disso, a maior quantidade de crianças e adolescentes em situação de Trabalho Infantil foi encontrada na região Nordeste, com 506 mil casos, enquanto a maior proporção foi encontrada na região Norte, com 6,9% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de Trabalho Infantil.
A pesquisa também mostrou que as crianças e adolescentes em situação de Trabalho Infantil têm um rendimento mensal médio de R$ 735 por mês, enquanto as crianças e adolescentes em situação de Trabalho Infantil que não envolvem riscos à saúde têm um rendimento mensal médio de R$ 771 por mês.
As Piores Formas de Trabalho Infantil
A pesquisa também identificou que as piores formas de Trabalho Infantil são aquelas que oferecem prejuízos à saúde, ao desenvolvimento físico, mental, emocional e social das crianças e adolescentes. A Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP) inclui atividades como trabalho em minas, trabalho em fábricas, trabalho em agricultura, entre outras.
A pesquisa mostrou que 76,4% das crianças e adolescentes que realizavam as piores formas de Trabalho Infantil eram homens, enquanto 67,5% tinham a cor preta ou parda. Além disso, os piores indicadores de Trabalho Infantil em pessoas de 5 a 13 anos foram encontrados nas regiões Norte e Nordeste.
Fonte: @ Nos
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