Empresa Copastur, líder no turismo brasileiro, atende grandes clientes corporativos. BRF denuncia indícios de fraudas milionárias: estelionato. Solicita internas investigações sobre on-line tarifas, descontos anônimos emissão de bilhetes aéreos, negociações com códigos secretos.
A BRF está solicitando a abertura de uma investigação criminal contra a Copastur após receber denúncias anônimas de irregularidades supostamente cometidas pela agência de viagens, uma das principais no setor de turismo do Brasil, com receita de R$ 2,5 bilhões em 2023.
A BRF, S.A., solicitante, está tomando medidas legais contra a Copastur devido às alegações de fraudes, buscando resguardar seus interesses e a integridade do mercado. A empresa está comprometida em garantir a transparência e a conformidade nas suas operações, mantendo a ética e a legalidade em todas as suas relações comerciais.
Investigação de denúncias anônimas envolvendo a BRF
De acordo com informações apresentadas pelos advogados Renato Reis Aragão e Bruno Ikaez, da banca Reis Aragão & Ikaez, a BRF, solicitante, revelou ter iniciado uma investigação interna após receber duas denúncias anônimas no ano anterior. Durante essa apuração interna, a BRF se deparou com indícios que apontavam para possíveis condutas irregulares por parte de indivíduos ligados à Copastur.
A primeira denúncia anônima, datada de 5 de outubro de 2023, mencionava que a Copastur estaria utilizando de forma indevida o cartão de crédito da BRF, S.A., para a compra de passagens aéreas. Já a segunda denúncia, recebida em 17 de outubro de 2023, detalhava um suposto esquema fraudulento que resultaria no desvio de grandes quantias de dinheiro de clientes da Copastur.
Segundo a petição enviada pela BRF ao delegado titular do 4º Distrito Policial da Capital/SP, a Copastur teria desativado o processo online de tarifação com códigos de desconto para a emissão de bilhetes aéreos, passando a realizar essas operações de forma manual. Isso possibilitaria a prática de diversas fraudes, conforme descrito na denúncia.
Um trecho da petição menciona que, para clientes com descontos em companhias aéreas, a Copastur enviava inicialmente a tarifa sem o acordo negociado, aguardando a aprovação do cliente para então aplicar o desconto e lucrar com a diferença. Além disso, havia a prática de utilizar códigos de desconto de grandes clientes para emitir bilhetes de clientes sem descontos significativos, resultando em economias indevidas.
A BRF analisou os extratos do cartão de crédito emitido em seu nome para a Copastur, referentes aos meses de janeiro a setembro de 2023, identificando inconsistências nos pagamentos realizados a companhias aéreas. Essas transações suspeitas levantaram preocupações sobre possíveis pagamentos fraudulentos a empresas que poderiam estar se passando por companhias aéreas.
Diante dessas descobertas, a BRF continua a colaborar com as autoridades competentes na investigação dessas práticas e busca esclarecer os fatos relacionados às denúncias anônimas recebidas. A transparência e a integridade são valores fundamentais para a BRF, que está comprometida em garantir a lisura de suas operações e o respeito aos seus clientes.
Fonte: @ NEO FEED
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