A temperatura média do ar de superfície foi de 16,82°C, 0,71°C acima da média global de junho de 1991 a 2020, uma anomalia significativa.
As sequências de calor observadas nos Estados Unidos, Europa e em diversas regiões da Ásia foram marcantes e sem precedentes. Esse fenômeno de calor se estendeu por um período extenso, afetando a vida cotidiana de milhões de pessoas.
Além disso, as temperaturas atingiram níveis intensos, resultando em um calor excessivo que trouxe preocupações sobre a saúde pública e o meio ambiente. As altas temperaturas não apenas impactaram o clima, mas também provocaram uma série de desafios para as comunidades afetadas. Essa situação exige atenção urgente.
Calor Extenso e Anomalias de Temperatura
Cientistas do observatório europeu Copernicus confirmaram que agosto de 2024 se tornou o décimo terceiro mês, em um intervalo de 14 meses, onde a temperatura média global superou 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. A temperatura média atingiu um recorde em agosto, e, segundo os pesquisadores, esse mês foi o mais quente já registrado no planeta, empatando com agosto do ano anterior. Nos dois meses, a temperatura média do ar de superfície foi de 16,82°C, ficando 0,71°C acima da média estabelecida entre junho de 1991 e 2020.
O Impacto do Calor Intenso
Os cientistas referem-se a essa situação como anomalia de temperatura, um indicador que revela o quanto a temperatura se desvia de uma média histórica específica, evidenciando o processo de aquecimento do nosso planeta. Durante o mês de agosto, as temperaturas bateram recordes, refletindo um calor excessivo que se tornou alarmante (Imagem: shutterstock). Além disso, a temperatura média global nos últimos doze meses, entre setembro de 2023 e agosto de 2024, foi a mais alta já registrada, superando em 0,76°C a média de 1991-2020 e em 1,64°C a média pré-industrial de 1850-1900. Esses valores são idênticos aos observados nos dois períodos de 12 meses anteriores, que se encerraram em junho e julho de 2024. As informações foram divulgadas pelo G1.
Calor Extremo e Seus Efeitos
O planeta tem enfrentado dias cada vez mais quentes, com a ocorrência do dia mais quente da história pela segunda vez consecutiva. O calor extremo resultou na morte de quase 50 mil pessoas na Europa em 2023, e o lugar mais quente da Terra registrou uma temperatura recorde em julho. As ondas de calor intenso estão se tornando cada vez mais frequentes (Imagem: VladisChern/Shutterstock). Desde junho de 2023, cada mês foi considerado o mais quente desde que os registros começaram na década de 1940. No ano passado, o planeta presenciou o mês de junho mais quente já registrado, e essa marca foi superada a cada novo mês subsequente: julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro.
Desafios do Aquecimento Global
Os recordes de temperatura continuaram neste ano, com janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e, agora, agosto, todos quebrando marcas anteriores. A única exceção foi julho de 2024. Além disso, o número de dias que ultrapassaram o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo. Para agravar a situação, o mundo registrou um dia em que a temperatura média global ficou 2°C acima dos níveis da era pré-industrial pela primeira vez na história, evidenciando o impacto do calor extenso e suas consequências alarmantes.
Fonte: @Olhar Digital
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