No funk, ser revolucionário na relação com a mulher significa ir contra o próprio gênero, uma jogada de marketing que marca um avanço civilizatório, exigindo presença e compreensão no momento.
No cenário do Funk, a recente polêmica envolvendo Ryan SP e Giovanna Roque trouxe à tona uma questão que parece ser insuperável: a misoginia. A agressão física e verbal contra a mulher é um tema que ainda é muito presente na sociedade, e o Funk não é exceção. Mesmo com o sucesso e a popularidade do gênero, a ideia de que a mulher é sinônimo de “vadia” ainda é uma crença arraigada em muitos funkeiros.
A música Funk é conhecida por sua energia e ritmo contagiante, mas também é marcada por letras que muitas vezes reforçam estereótipos negativos sobre as mulheres. É um paradoxo que o Funk tenha conseguido superar preconceitos e tornar artistas milionários, mas ainda não tenha conseguido superar a misoginia. A riqueza não é sinônimo de respeito. É mais fácil enriquecer do que mudar a mentalidade e tratar as mulheres com o respeito que elas merecem. A pergunta que fica é: será que o Funk é capaz de mudar essa realidade e se tornar um gênero musical mais inclusivo e respeitoso?
O Desafio do Funk
Agora que a situação está complicada, não é, Ryan? Mas não estou aqui para criticá-lo. Há muitas pessoas fazendo uma crítica legítima e necessária, e eu quero fazer uma sugestão. E se, em um momento de reflexão profunda, você criasse um funk que desafiasse a forma como tratamos as mulheres de maneira criminosa? Isso seria revolucionário, considerando que você é um expoente do gênero musical que muitas vezes perpetua essa visão machista.
Um Passo para a Evolução
Não estou propondo uma jogada de marketing, mas sim uma possibilidade de mudança. É uma chance de promover um avanço civilizatório contra o machismo. Você e outros funkeiros já alcançaram o sucesso e o dinheiro, mas agora é hora de pensar em como podem usar sua plataforma para fazer uma diferença positiva. A presença da mulher no funk não pode ser apenas como objeto de desejo, mas sim como uma pessoa com valor e respeito.
Um Desafio para o Gênero
Eu pergunto a você, Ryan, e aos demais funkeiros, se vocês estão dispostos a correr o risco de ser desacreditados e perder fama e dinheiro para fazer uma mudança real. Seria necessário uma mudança de 360 graus, uma transformação profunda que vá além de simplesmente mudar a letra de uma música. Seria necessário uma mudança de atitude, uma mudança de coração.
Um Novo Estágio Evolutivo
Se nós, homens, formos capazes de realizar esse avanço para a espécie, evoluiremos algumas eras geológicas e alcançaremos um novo estágio evolutivo. Chegaremos à nossa Pré-História, um lugar onde a igualdade e o respeito são a norma. É um desafio grande, mas é um desafio que vale a pena. É um desafio que pode mudar o curso da história.
Fonte: @ Terra
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