Secretaria de Estado da Saúde classificou episódio como inadmissível e abriu sindicância multidisciplinar, episódio inédito no país, sob fiscalização da Agência Nacional e Ministério da Saúde.
Uma investigação foi aberta pela Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro após seis pacientes que passaram por transplante de órgãos no estado terem sido infectados com o vírus HIV, causador da aids. A notícia foi divulgada pela Band News FM Rio e confirmada por VEJA.
A transplantação de órgãos é um procedimento complexo que envolve a doação de órgãos de um doador para um receptor. No entanto, a segurança e a qualidade dos órgãos doados são fundamentais para evitar complicações, como a transmissão de doenças. Nesse caso, a doação de órgãos parece ter sido comprometida, levando à infecção dos pacientes. Além disso, a transfusão de sangue também pode ser um fator de risco para a transmissão de doenças, e é importante que os hospitais e centros de saúde tomem medidas rigorosas para garantir a segurança dos pacientes. A segurança dos pacientes é fundamental em qualquer procedimento médico.
Transplante de Órgãos: Um Caso Inadmissível
A Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro classificou o episódio de transplante de órgãos contaminados como ‘inadmissível’ e criou uma comissão multidisciplinar para dar suporte aos pacientes afetados. O Brasil realiza transplantes de órgãos desde a década de 1960, e este é o primeiro caso de infecções por HIV neste tipo de procedimento no país. A Transplantação de órgãos é um processo complexo que envolve a Doação de órgãos e a Transfusão de sangue.
Os testes para detecção de infecções nos doadores foram realizados pelo laboratório privado PCS LAB Saleme, de Nova Iguaçu, contratado em dezembro do ano passado por meio de uma licitação realizada pela Fundação Saúde. No entanto, os testes iniciais realizados pelo laboratório antes do transplante tiveram resultado negativo, mas posteriormente houve a confirmação da infecção. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde já foram notificados.
Investigação e Medidas
A Secretaria de Estado da Saúde informou que a sindicância aberta terá como objetivo ‘identificar e punir os responsáveis’ pelo episódio. Além disso, a pasta criou uma comissão multidisciplinar para acolher os pacientes afetados e tomar medidas para garantir a segurança dos transplantados. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também instaurou um inquérito civil para investigar as irregularidades e o procedimento está sob sigilo.
A Coordenadora da Comissão de Infecção em Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Lígia Pierrotti, explica que a contaminação dos pacientes é um caso raro e sem precedentes. ‘Isso não é para acontecer, porque o processo de doação de órgãos para transplantes segue uma norma muito rigorosa com rastreio para HIV, hepatites, doença de Chagas e outros vírus e infecções com testes sorológicos de alta qualidade’, disse.
Consequências e Prevenção
O caso levanta questões sobre a segurança e a eficácia dos testes de detecção de infecções nos doadores. A Secretaria de Estado da Saúde informou que os testes estão sendo feitos agora pelo Hemorio e que as 286 amostras com resultado negativo estão sendo retestadas. Além disso, a pasta informou que o serviço de transplantes do estado ‘sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas’. No entanto, é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir que casos como esse aconteçam no futuro.
Fonte: @ Veja Abril
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