Cofundador do Telegram, Pavel Durov detido na França por falta de moderação. Aplicativo suspenso no Brasil por compartilhamento de imagens.
A prisão do cofundador do Telegram Pavel Durov no último sábado (25) marca um novo episódio nas tensões entre a empresa e as autoridades em diversos países.
Os desafios enfrentados pelo Telegram não se limitam à prisão de Durov, mas também envolvem questões como detenção, encarceramento e captura de dados dos usuários.
Prisão de Pavel Durov: Detenção no Aeroporto de Paris
Pavel Durov, cofundador do Telegram, foi encarcerado sob a acusação de que a falta de moderação na plataforma contribui para crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e compartilhamento de imagens de exploração sexual de crianças, conforme relatado pela mídia francesa. Uma fonte próxima ao caso revelou à emissora francesa TF1/LCI que Durov teria permitido a ocorrência de diversos crimes em sua plataforma, sem tomar medidas para moderar ou colaborar com as autoridades.
Alegações e Investigações em Andamento
As autoridades francesas sustentam que não podem fornecer detalhes sobre a prisão de Durov devido a uma investigação em curso. O empresário foi detido no aeroporto Le Bourget, em Paris, após chegar de um voo proveniente de Baku, a capital do Azerbaijão. O Telegram enfrentou restrições anteriores por não cooperar com as autoridades, como evidenciado por incidentes anteriores.
Artigos Relacionados
Conflitos e Suspensões do Telegram
Em abril de 2023, o Telegram foi temporariamente suspenso no Brasil pela Justiça do Espírito Santo devido à recusa da empresa em fornecer dados de grupos neonazistas sob investigação. O Supremo Tribunal Federal também ordenou a suspensão do serviço em 2022 por não acatar ordens judiciais. Na Espanha, o Telegram foi suspenso em março de 2024 devido à circulação de conteúdos protegidos por direitos autorais.
Reações e Críticas à Prisão de Durov
A prisão de Durov gerou críticas de figuras proeminentes, como Elon Musk, que expressou apoio ao cofundador do Telegram. Musk usou o X como símbolo de solidariedade, pedindo a libertação de Durov. O ex-analista de inteligência Edward Snowden também defendeu Durov, condenando a prisão como um ataque aos direitos fundamentais de expressão e associação. As vozes contrárias à detenção de Durov ecoam em meio a um cenário de controvérsias e pressões sobre a plataforma de mensagens.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo