Executivos discutem inovação no Rio de Janeiro, abordando construção de cidades, retenção de talentos e conexão com pesquisadores em ambiente burocrático.
A construção de uma cidade inovadora é um tema que tem ganhado destaque nos últimos anos, e foi abordado em um dos paineis da primeira edição do Startup Labs, evento realizado por Pequenas Empresas & Grandes Negócios e O GLOBO, que ocorreu na terça-feira (26/11), no Rio de Janeiro. A inovação é fundamental para o desenvolvimento de cidades sustentáveis e competitivas.
Os especialistas presentes no evento destacaram a importância de implementar soluções inovadoras para os desafios urbanos, como a mobilidade e a segurança. Além disso, a inovação também pode ser um motor para o crescimento econômico, criando oportunidades para empresas inovadoras e empreendedores inovadores. Uma cidade inovadora é aquela que consegue combinar tecnologia, criatividade e sustentabilidade para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos. A inovação é o futuro das cidades.
Inovação: O Caminho para uma Cidade Mais Desenvolvida
O tema da inovação foi debatido por um grupo de especialistas, incluindo Alexandre Vermeulen, presidente da Invest.Rio; Francine Tavares, consultora de pesquisa e CEO da Dobra; Cristiane Moura, gerente sênior de inovação e sustentabilidade da BIP Consulting; Leticia Gabriella, diretora de Projetos Especiais na Central Única das Favelas (Cufa); e Daniel Barros, CEO do Porto Maravalley. A mediação foi realizada por Rennan Setti, da coluna Capital, de O GLOBO.
Vermeulen destacou que a construção de uma cidade mais inovadora é um processo de longo prazo e que a Invest.Rio tem um papel fundamental nesse sentido. ‘A cidade deve melhorar a vida da população como um todo. Estamos atraindo pessoas, tecnologia e infraestrutura. Temos acordos assinados com empresas de fora do país para mostrar que o Rio de Janeiro é uma opção’, afirmou.
A Importância da Retenção de Talentos
A retenção de talentos foi o tema central do painel. Moura, da BIP Consulting, destacou que os novos entrantes do mercado de trabalho buscam mais do que uma carreira sólida e que as grandes empresas precisam mudar a mentalidade. ‘As pessoas querem trabalhar em um ambiente menos burocrático, onde têm liberdade para falar e cocriar. É preciso colocar essas pessoas no centro’, disse.
Tavares, da Dobra, comentou sobre a dificuldade na conexão entre pesquisadores e o mercado, e que essa seria uma oportunidade para driblar a falta de emprego dentro das universidades. ‘A gente forma pessoas muito qualificadas que não terão onde aplicar o conhecimento, encontrando oportunidades fora do Rio de Janeiro e fora do Brasil. Quantas empresas nasceram dentro de universidades, como o iFood, e não sabemos?’, questionou.
A Conexão entre Universitários e Empresas
Barros, do Porto Maravalley, afirmou que o hub trabalha como facilitador na conexão entre os universitários e as empresas que integram o ambiente. ‘Queremos que entendam que existe espaço, caminho e oportunidades. Devemos alavancar mais as coisas boas para que as empresas queiram estar aqui, ter um pacto maior entre todos os representantes da cidade para abraçar a nossa vocação de inovação’, opinou.
Gabriella, da Cufa, ressaltou que para que a cidade seja mais inovadora é preciso incluir a periferia, com 16 milhões de pessoas morando em favelas, esses espaços marginalizados movimentam mais de R$ 200 bilhões em recursos próprios. ‘É um desafio histórico da sociedade, temos o papel de trazer a favela como protagonista e não mais coadjuvante. As marcas e empresas já veem o potencial, mas é preciso fazer o investimento’, declarou.
A Favela como Espaço Inovador
A diretora de projetos destacou que a favela também é inovadora, trazendo como exemplo o mototáxi. ‘Quando movimentamos a base da pirâmide, todo o restante também se fortalece. Precisamos incluir a periferia na discussão sobre inovação e criar oportunidades para que as pessoas possam se desenvolver’, disse.
Fonte: @ PEGN
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