Os corais têm sistemas para lidar com o estresse térmico, mas estão no limite devido à composição genética, temperaturas da água e condições de nutrientes que afetam as algas simbióticas.
O aumento recorde nas temperaturas dos oceanos está afetando drasticamente os corais, levando à morte de parte da vida marinha. Esse fenômeno é causado pelo branqueamento em massa dos recifes de coral, que é um processo em que os corais expulsam os organismos marinhos que os habitam, tornando-os brancos e inativos.
Os recifes de coral são ecossistemas complexos que abrigam uma grande variedade de organismos marinhos, e sua destruição pode ter consequências devastadoras para a vida marinha. Além disso, a perda dos recifes de coral também pode afetar a economia de muitas comunidades costeiras que dependem da pesca e do turismo para sobreviver. É fundamental que tomemos medidas para proteger os corais e os recifes de coral.
Os Corais e sua Resiliência ao Estresse Térmico
Um novo estudo revelou que, assim como os humanos, os corais também podem lidar com o estresse de forma diferente. A composição genética desses organismos marinhos pode afetar sua tolerância ao calor, o que é fundamental para entender como eles podem sobreviver em um mundo com oceanos cada vez mais quentes. Segundo os pesquisadores, isso pode significar que os corais podem sobreviver por mais tempo do que imaginávamos.
A equipe de pesquisa coletou amostras de mais de 500 colônias do coral Acropora hyacinthus e as submeteu a estresse térmico de curto prazo em 12 tanques ajustados para quatro temperaturas diferentes. Eles mediram a quantidade de pigmento deixada nos fragmentos de coral, que se alinha diretamente com a quantidade de algas deixadas nas células do coral. Isso possibilitou determinar o limite de calor suportado pela espécie.
A Importância da Composição Genética e do Ambiente Marinho
Os cientistas concluíram que cada coral tem uma ‘natureza’ única ou composição genética que pode afetar sua tolerância ao calor. No entanto, aspectos do ambiente marinho, como temperaturas da água, condições de nutrientes e as algas simbióticas que vivem dentro do tecido do coral, podem nutrir ou dificultar a resposta ao estresse térmico de um coral. Os corais que vivem em regiões mais quentes, como o norte da Grande Barreira de Corais, podem lidar com temperaturas mais altas da água.
Os resultados do estudo foram publicados na revista Communications Earth & Environment e destacam a importância de considerar a composição genética e o ambiente marinho ao avaliar a resiliência dos corais ao estresse térmico. Isso pode ajudar a identificar áreas prioritárias para a restauração e conservação dos recifes de coral, que são essenciais para a vida marinha.
O Impacto do Aquecimento dos Oceanos nos Corais
O aquecimento dos oceanos é um dos principais desafios enfrentados pelos corais. O aumento das temperaturas da água pode causar o branqueamento de corais, um fenômeno que ocorre quando os corais expulsam as algas coloridas que vivem em seus tecidos. Sem elas, os organismos ficam brancos e podem morrer. O branqueamento de corais pode ter um impacto devastador nos ecossistemas oceânicos, incluindo a perda de biodiversidade e a degradação dos recifes de coral.
É fundamental que sejam tomadas medidas para reduzir o aquecimento dos oceanos e proteger os corais e a vida marinha que dependem deles. Isso pode incluir a redução das emissões de gases de efeito estufa, a proteção de áreas marinhas e a promoção de práticas sustentáveis de pesca e turismo.
Fonte: @Olhar Digital
Comentários sobre este artigo