Crise fiscal francesa pode escalar com impasse político, déficit do Orçamento e dívida pública elevada, afetando o mercado financeiro e o Produto Interno Bruto.
A França está enfrentando um dos maiores desafios políticos e econômicos de sua história, com o primeiro-ministro Michel Barnier tomando uma medida drástica para tentar superar a crise. Nesta segunda-feira, 2 de dezembro, ele invocou um artigo da Constituição francesa que permite aprovar o Orçamento do ano seguinte sem a necessidade de votação na Assembleia Nacional, uma manobra que pode ter consequências profundas para o país.
Essa decisão pode ter um impacto significativo no governo e na nação como um todo, pois pode ser vista como uma tentativa de contornar a democracia representativa. A França está em uma encruzilhada e precisa encontrar uma solução para superar essa crise. A estabilidade política e econômica é fundamental para o futuro do país, e é essencial que o governo e a Assembleia Nacional trabalhem juntos para encontrar uma solução que atenda às necessidades de todos os cidadãos. A França precisa de uma liderança forte e visionária para superar essa crise e garantir um futuro próspero para sua população.
Crise Fiscal na França: Um Cenário Desafiador
A França, um país europeu conhecido por sua rica história e cultura, está enfrentando uma crise fiscal sem precedentes. O governo, liderado por Barnier, decidiu assumir o risco de ser alvo de uma moção de censura e perder o posto, o que provavelmente ocorrerá na próxima quarta-feira, 4 de dezembro. Isso se deve à proposta de Orçamento para 2025, que inclui € 60 bilhões em cortes de despesas e aumento de impostos para reduzir o déficit, mas que tem pouquíssimas chances de ser aprovada.
A França, como nação, está mergulhada em uma crise política, econômica e financeira, semelhante à que a Grécia enfrentou na década passada. O mercado financeiro reagiu negativamente à notícia, com o euro recuando 0,9% ante a cotação do dólar e o índice CAC 40, o mercado de ações de referência da França, caindo 0,5%. Além disso, os títulos do Tesouro francês de dez anos subiram para 2,89%.
Desafios Fiscais na França
A França está em piores dificuldades fiscais do que Grécia, Espanha e Itália, com um déficit do Orçamento que saltou para 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, ante 5,5% do PIB no ano passado. A dívida pública explodiu para € 3,2 trilhões, ou mais de 112% do PIB do país. Só em juros da dívida, a conta agora é de pelo menos € 60 bilhões por ano, maior do que o orçamento de Defesa da França para 2024.
O governo francês tentou atrair apoio do partido de Marine Le Pen com uma série de concessões, mas Le Pen deixou claro que esses movimentos eram insuficientes e reiterou sua demanda pela indexação total das pensões à inflação, algo que só aumentaria o déficit do Orçamento.
Perspectivas Fiscais Desafiadoras
As perspectivas fiscais de médio prazo da França continuam ‘desafiadoras’, com uma correção significativa de curso improvável até as próximas eleições presidenciais em 2027. O Goldman Sachs rebaixou sua previsão de crescimento do PIB para a França em 2025 para 0,7%, abaixo do consenso de 0,9% e muito abaixo da projeção do governo de 1,1%. Além disso, o aumento do desemprego, que agora está em 7,4%, também causa preocupação.
A França, como país, está enfrentando um impasse político, com o governo provavelmente enfrentando vários votos de confiança entre 4 e 20 de dezembro. A crise fiscal francesa é um desafio para a nação e para o governo, que precisa encontrar uma solução para reduzir o déficit e estabilizar a economia.
Fonte: @ NEO FEED
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