Han Duck-soo se recusou a nomear juízes para o Tribunal Constitucional, necessário para julgar o impeachment de Yoon Suk Yeol, apesar da pressão da Assembleia do país, liderada pelo Partido Democrata, e do Partido do Poder Popular, que também criticou o ministro das Finanças.
O presidente em exercício da Coreia do Sul, Han Duck-soo, está prestes a enfrentar um desafio significativo em sua carreira política, pois a oposição do país decidiu apresentar uma moção de impeachment contra ele, alegando abuso de poder, nesta quinta-feira (26).
Como líder do país, o presidente Han Duck-soo é responsável por tomar decisões importantes que afetam a vida dos cidadãos sul-coreanos. No entanto, a oposição o acusa de agir como um chefe autoritário, que não respeita as instituições democráticas. A votação de impeachment pode ser um momento crucial para o futuro político do presidente e do país como um todo. A decisão do impeachment pode ter consequências graves para o governo.
Crise Política na Coreia do Sul
O chefe do governo sul-coreano, que atua como presidente interino desde a destituição do líder eleito, Yoon Suk Yeol, no dia 14 de dezembro, se recusou a nomear três juízes para preencher vagas no Tribunal Constitucional, alegando que isso excederia seu papel temporário. Essa medida é necessária para garantir o julgamento de Yoon no tribunal após a aprovação de seu impeachment pela Assembleia do país.
O governante interino, Han, está enfrentando resistência do Partido Democrata, principal opositor do governo, que disse que, no interesse da estabilidade nacional, não iria processar Han por seu papel na tentativa de impor a lei marcial. No entanto, além da divergência em relação à nomeação dos juízes, que, segundo o partido, tem como objetivo obstruir o julgamento de Yoon, a oposição não gostou dos projetos de lei apresentados por Han, que pedem promotores especiais para investigar o presidente, e afirmou que ele é ‘um dos principais suspeitos da rebelião’.
Consequências da Crise Política
O líder do Partido do Poder Popular, o mesmo do presidente Yoon, disse aos repórteres que, se Han fosse acusado, isso poderia desencadear uma nova crise financeira. A votação também ameaça intensificar a crise política que assola o país, a quarta maior economia da Ásia e uma de suas democracias mais vibrantes. Se Han for acusado, o ministro das Finanças assumirá a presidência interina.
Nesta sexta-feira (27), o Tribunal Constitucional se reúne para sua primeira audiência no caso do presidente Yoon Suk Yeol, que foi acusado e suspenso de suas funções após decretar lei marcial. O tribunal tem 180 dias para decidir se Yoon será reintegrado ou permanentemente removido do cargo. No último cenário, uma nova eleição presidencial seria realizada dentro de 60 dias.
O presidente Yoon não é obrigado a comparecer à audiência. Ele se recusou a receber ou reconhecer comunicações judiciais até agora. Nesta quinta-feira, uma porta-voz do tribunal disse que a audiência será realizada independentemente da participação de sua equipe, mas não comentou se o presidente acabaria sendo obrigado a responder. Segundo a agência de notícias Yonhap, os representantes legais do presidente sul-coreano comparecerão à primeira audiência do Tribunal Constitucional.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo