Itens doados por Interprospekt (Suíça-Alemanha): familia Pohl, Instituto Inclusartiz, Frances Reynolds, Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN), acordo de colaboração, técnica recuperação, acervo, espaço cultural, Crato & Romualdo (Araripe Basin), originais Brasil, Museu Nacional do Brasil, Alexandre Kellner, reconstituição 10.000 peças, parceria, museu diretor.
O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu uma generosa doação de 1.104 peças do grupo suíço-alemão Interprospekt, pertencentes à família do colecionador Burkart Pohl. A doação contribui significativamente para a reconstrução do acervo do museu, que foi afetado pelo incêndio de 2018.
Além da expressiva doação de peças fósseis, o presente da Interprospekt é uma valiosa contribuição para a preservação da história e da ciência. A iniciativa de doação de fósseis demonstra um apoio essencial à memória e à educação, promovendo a continuidade das pesquisas e exposições do Museu Nacional.
Doação de Fósseis para o Museu Nacional do Brasil
Uma significativa doação de fósseis foi realizada por meio de uma parceria com o Instituto Inclusartiz, presidido pela ativista cultural argentina radicada no Brasil, Frances Reynolds, e o renomado Museu Nacional do Brasil. Todas as peças foram devidamente armazenadas nas instalações do espaço cultural para preservação e exibição pública. Adquiridas em feiras internacionais, os fósseis provêm da rica diversidade da Bacia do Araripe, localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, onde se encontram as formações Crato e Romualdo, datando de 115 milhões e 110 milhões de anos, respectivamente.
Frances Reynolds compartilhou que Pohl, influenciado por seus familiares, iniciou sua coleção de fósseis na infância, marcando assim uma jornada de toda uma vida dedicada a essa paixão. Em uma coletiva no prédio em recuperação do Museu Nacional, ela ressaltou a importância de ter um olhar apurado para identificar as preciosidades dentro das pedras. Os fósseis, meticulosamente preparados por técnicos especializados, representam um valioso acervo para a pesquisa e educação.
Acordo de Cooperação e Recuperação do Acervo
Após um apelo do diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, Frances Reynolds, atuante no cenário das artes plásticas nacional e internacional, firmou, em 2022, um acordo de colaboração técnica entre o Inclusartiz e a Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN). Desde então, tem se dedicado ativamente na restauração do acervo do museu, gravemente impactado pelo incêndio que destruiu 85% das peças. Foi por meio dessa parceria que a doação dos fósseis para o Museu Nacional foi intermediada.
O colecionador reconheceu a importância de destinar peças brasileiras de seu acervo ao Museu Nacional, ressaltando a necessidade de manter um inventário significativo de fósseis nesse importante espaço cultural. Com o objetivo de recuperar e recompor as coleções perdidas, o diretor do museu aguarda ansiosamente por novas doações da família Pohl, demonstrando confiança na solidariedade e no engajamento da comunidade.
Recuperação e Crescimento do Acervo
O diretor Alexander Kellner está empenhado em ampliar o acervo por meio de doações, almejando alcançar 10 mil peças para a reconstrução completa. Até o momento, cerca de 2 mil peças já foram recebidas, provenientes de doadores particulares, contribuindo assim para a diversidade e riqueza do acervo do Museu Nacional.
Com planos de novas exposições a partir de 2026, o museu tem como objetivo resgatar peças de grande valor histórico, como o pequeno quadro da Leopoldina, figura fundamental para a independência do Brasil. O diretor Kellner destaca a importância de resgatar a história e reforçar a identidade cultural por meio das exposições no icônico Paço Imperial, que abriga o museu na Quinta da Boa Vista.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo