Formação da Ptax de fim de mês intensifica desvalorização do câmbio com baixa liquidez e saída de capital estrangeiro.
O dólar iniciou a sessão com uma ligeira apreciação no câmbio doméstico, porém ao longo do dia passou por um ajuste significativo, registrando uma forte alta em relação ao real. O dólar acabou se destacando como a moeda com pior desempenho do dia entre as demais moedas comparáveis.
Essa mudança repentina no câmbio reflete a volatilidade da economia americana e sua influência sobre o mercado doméstico. O dólar continua a ser uma referência importante no cenário internacional de câmbio, impactando diretamente as transações comerciais e financeiras em todo o mundo.
Pressão Cambial: Dólar em Alta com Relatos de Fluxo de Saída
Em uma sessão marcada pela baixa liquidez e pela formação da Ptax do mês, o dólar americano ultrapassou brevemente o patamar de R$ 5,25. O cenário cambial interno se distanciou das máximas, porém permanece sob pressão, refletindo um movimento que também impactou outras moedas emergentes, embora de maneira menos acentuada.
Por volta das 12h50, a moeda americana era cotada a R$ 5,2392 no mercado à vista, registrando um acréscimo de 0,59%. Enquanto isso, o dólar futuro para julho, que se tornou o contrato mais líquido, apresentava um avanço de 0,60%, atingindo R$ 5,2525.
Durante a sessão, a formação da Ptax do mês e os relatos de saída de capital estrangeiro aprofundaram a desvalorização do câmbio, impulsionando o dólar para R$ 5,2583 no pico do dia. A oscilação da moeda americana foi de pouco mais de R$ 0,06 entre a mínima e a máxima, superando a média das últimas sessões e indicando um aumento pontual da volatilidade no mercado de câmbio, ainda que de forma controlada.
O comportamento do câmbio contrastou com o observado no início do dia, quando o real chegou a mostrar sinais de valorização, especialmente após a divulgação do deflator de gastos com consumo (PCE) de abril nos Estados Unidos, que ficou aquém das expectativas do mercado.
Na menor cotação do dia, o dólar atingiu R$ 5,1952, porém a recuperação da moeda brasileira perdeu força e não acompanhou a valorização das divisas de economias desenvolvidas. O índice DXY, por exemplo, registra uma queda de 0,09%, situando-se em 104,62 pontos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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