Gestor da Armor Capital vê altas de juros como forma de conter pressões sobre o câmbio, mas alerta para risco elevado na sustentabilidade da dívida pública devido à política fiscal e déficit nominal, necessitando de reforma administrativa.
A decepção com o pacote fiscal trouxe uma onda de incerteza para o mercado financeiro, fazendo com que o dólar atingisse um novo patamar, superando a marca de R$ 6 pela primeira vez na história. Essa alta reflete a perda de confiança dos investidores no governo e na economia brasileira.
Segundo Alfredo Menezes, sócio-fundador da Armor Capital e um dos principais gestores de câmbio do País, o pior cenário pode ainda estar por vir. A valorização da moeda estrangeira em relação ao real pode continuar, afetando negativamente a economia brasileira. A instabilidade cambial é um grande desafio para o país. Além disso, a alta do dólar pode ter um impacto significativo nos preços dos produtos importados, afetando a inflação e a vida dos consumidores.
Impacto do Dólar na Economia Brasileira
O cenário econômico brasileiro está passando por um momento crítico, com o dólar atingindo patamares recordes. Segundo Alfredo Menezes, da Armor Capital, o país está caminhando em direção a um cenário de dominância fiscal, onde os efeitos da política monetária perdem força. Isso pode levar o Banco Central a adotar taxas de juros ainda mais elevadas para controlar a inflação ou mesmo abrir mão desse objetivo para preservar a saúde da dívida pública.
O dólar é a moeda estrangeira que mais influencia a economia brasileira, e sua desvalorização pode ter consequências graves. ‘O que poderia fazer o dólar disparar é a desconfiança, um clima de dominância fiscal’, afirma Menezes. Ele também destaca que o déficit nominal do Brasil deverá atingir 10% do PIB no próximo ano, o que poderia dobrar o valor total da dívida em menos de oito anos.
Reformas e Política Monetária
Para reverter essa trajetória, seria necessário discutir uma reforma administrativa e cortes de gastos mais severos. No entanto, Menezes acredita que o Banco Central terá condições de controlar a desvalorização do real por meio de uma política monetária mais agressiva. Ele estima que a Selic pode chegar a 14,5% se nenhuma medida adicional for adotada no campo fiscal.
Além das reformas, Menezes defende que uma eventual mudança na meta de inflação, atualmente fixada em 3%, poderia aliviar o cenário fiscal. No entanto, os críticos da mudança argumentam que alterar a meta de inflação poderia deteriorar ainda mais as expectativas inflacionárias.
Câmbio e Dívida Pública
O câmbio é um fator importante na economia brasileira, e a desvalorização do real pode ter consequências graves. Menezes destaca que o projeto de reforma fiscal decepcionou, não houve corte de gastos radicais, o que é normal em governos de esquerda. Isso pode levar a um déficit fiscal nominal de 10% para o ano que vem, o que compromete a sustentabilidade da dívida pública.
O dólar é a moeda estrangeira que mais influencia a economia brasileira, e sua desvalorização pode ter consequências graves. Menezes afirma que o país está caminhando em direção a um cenário de dominância fiscal, onde os efeitos da política monetária perdem força. Isso pode levar o Banco Central a adotar taxas de juros ainda mais elevadas para controlar a inflação ou mesmo abrir mão desse objetivo para preservar a saúde da dívida pública.
Fonte: @ NEO FEED
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