Pacote de medidas surpreendeu o mercado, valorizando commodities e aumentando a taxa de juros, estímulos econômicos e preços.
O valor do dólar sofreu uma queda significativa no final do pregão desta terça-feira (25), após o governo chinês anunciar um pacote de estímulos econômicos que visam impulsionar a economia do país.
Essa medida pode ter um impacto direto no mercado financeiro global, afetando a cotação da moeda americana, o dólar, que é uma das principais referências para as transações internacionais. A instabilidade econômica pode levar a uma flutuação na taxa de câmbio. Além disso, a medida pode influenciar a economia de outros países que têm uma forte dependência da moeda americana.
Variação do Dólar no Mercado
Ao final dos negócios, a moeda americana, o dólar, apresentou uma queda de 1,30%, atingindo o valor de R$ 5,462. Além disso, o dólar também registrou uma queda de 0,45% em relação às moedas pares e se deprecia em relação ao peso mexicano. Esse movimento no câmbio é impulsionado pela alta dos preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, graças ao corte nas taxas da economia chinesa, as mais significativas desde a pandemia de covid-19, segundo Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas.
Estímulos Econômicos e Impacto no Dólar
Os estímulos econômicos aumentam as expectativas de que a economia chinesa possa acelerar, o que traz mais recursos em dólares para o país por conta das exportações. O Banco Central da China anunciou várias medidas na noite de ontem, algumas das quais já eram esperadas pelo mercado, mas outras não. O mais importante, segundo a gestora WHG, é que o país surpreendeu na intensidade dos estímulos. Como resultado, os principais ativos relacionados ao crescimento do país se valorizaram hoje.
Decisão do Copom e Impacto no Dólar
Pela manhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) apontou, na ata de sua última reunião, que a força da atividade econômica e do mercado de trabalho foram alguns dos fatores que fizeram o Banco Central optar por um novo aumento da Selic na semana passada. O Copom destacou que todos os membros do comitê concordaram em iniciar gradualmente o ciclo de alta dos juros, tendo em vista que ‘o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador’. Sobre o futuro, o BC ‘deixou em aberto’.
Análise do Mercado e Previsões
Para Gino Olivares, economista-chefe do escritório de gestão de fortunas Azimut, o documento foi particularmente enxuto e objetivo, reproduzindo os argumentos que já tinham aparecido no comunicado que anunciou a decisão de aumentar os juros. ‘O Copom decidiu que os juros precisam subir, que precisavam começar de forma gradual, e que o ritmo de ajuste e a taxa de fim de ciclo serão avaliados a cada reunião. Acreditamos que era de fato o melhor a fazer’. Ontem (23), o dólar fechou em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,53, devido aos riscos fiscais que seguem no radar dos investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo