Lessa pesquisou locais para executar Marielle com o ‘Doutor Piroca’, segundo relatório da Polícia Federal.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Segundo informações reveladas, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou em sua delação premiada que buscou por locais para executar o crime contra a vereadora Marielle Franco enquanto tomava uísque com um colega, o advogado André Luiz Fernandes Maia, mais conhecido como Doutor Piroca. Esse encontro teria acontecido poucos dias antes dos trágicos acontecimentos que marcaram a noite de 14 de março de 2018.
No entanto, as investigações continuam em andamento para esclarecer por completo o caso envolvendo Doutor Piroca e o ex-policial militar Ronnie Lessa. A justiça está buscando todas as informações possíveis para entender a extensão da participação de cada um nesse crime hediondo.
A Obsessão do Doutor Piroca por uma Alternativa Viável
De acordo com relatório da Polícia Federal sobre o caso, Lessa afirmou que, na ocasião, estava ‘obcecado em encontrar uma alternativa viável’ para a execução e, por isso, passou a estudar o endereço em que a vereadora morava ‘com afinco’, enquanto estava na companhia do advogado André Luiz Fernandes Maia, morto 29 dias depois do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
O advogado André Luiz Fernandes Maia foi brevemente mencionado na delação de Élcio de Queiroz, ex-policial militar, outro suspeito de ter executado a vereadora. De acordo com colegas de profissão, o apelido ‘Doutor Piroca’ fazia referência à expressão ‘piroca das ideias’, no sentido de ‘doido’.
Pesquisou locais para executar a vereadora, André Luiz Fernandes Maia estava mergulhado em estudo do endereço, buscando uma alternativa viável para o crime. No meio profissional, ele era visto como ‘marrento’, envolvia em brigas e costumava andar armado. Mesmo tendo cumprido um ano de prisão em regime aberto por crimes anteriores, o advogado continuava se envolvendo em situações obscuras.
O Crime que Envolvolveu Doutor Piroca
No dia de sua morte, o advogado saía de casa no Anil, bairro controlado pela milícia na zona oeste do Rio. Dois homens armados numa moto o abordaram, atirando à queima-roupa e fugindo sem levar nada. A Polícia Civil concluiu que o homicídio foi motivado por dívidas com a milícia, uma informação denunciada pelo Ministério Público.
Um dos suspeitos do crime, membro do grupo paramilitar do Anil, foi preso em Miguel Pereira, no interior do estado, revelando que o advogado estava envolvido em um ambiente perigoso e cheio de intrigas. Lessa, réu confesso, fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, apontando outros suspeitos no assassinato de Marielle e Anderson, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves.
No sentido de buscar justiça, a Polícia Federal deflagrou a operação Murder Inc., resultando na prisão de pessoas influentes, como o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. As motivações por trás do crime, segundo o ministro do STF, estavam relacionadas a divergências políticas sobre a regularização fundiária de condomínios na zona oeste do Rio.
As Intrigas e Reviravoltas Envolvendo Doutor Piroca
O advogado André Luiz Fernandes Maia, conhecido como Doutor Piroca, estava mergulhado em um mundo sombrio, buscando locais para executar os crimes encomendados. Mesmo após cumprir um ano de prisão, o advogado continuava envolvido em situações obscuras e perigosas, se envolvendo em brigas e mantendo o costume de andar armado.
A obsessão de Doutor Piroca por encontrar uma alternativa viável para a execução era evidente em seu comportamento, revelando um lado sombrio e perturbador. Sua morte, provocada por membros da milícia, ainda gera muitas perguntas e reviravoltas no caso, evidenciando a complexidade e periculosidade do mundo em que ele estava inserido.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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