País espera decisão final sobre eleição na plataforma eleitoral do Tribunal Nacional Eleitoral, com auditoria internacional independente.
A oposição venezuelana reunida na Plataforma Unitária – aliança que apoiou o candidato Edmundo González – anunciou hoje que não aceita a autoridade da Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país para resolver a questão da eleição presidencial de 28 de julho.
O pleito eleitoral na Venezuela tem gerado controvérsias e desconfianças em relação ao processo de votação e ao sufrágio popular, levando a oposição a tomar medidas para garantir a transparência e legitimidade do resultado final.
Impasse sobre a Eleição na Venezuela
A Sala Eleitoral do TSJ emitiu um comunicado enfatizando que não pode assumir as funções do órgão eleitoral, destacando a importância da separação dos poderes. O comunicado ressalta que a eleição do dia 28 de julho aguarda uma sentença definitiva, que será proferida em breve pelo Supremo venezuelano. A oposição, representada por Edmundo González, María Corina Machado e pela Plataforma Unitária, reitera a necessidade de transparência no processo eleitoral, exigindo a publicação das atas de escrutínio dos votos.
A oposição argumenta que qualquer decisão da Sala Eleitoral que valide a suposta fraude eleitoral seria ineficaz e nula, violando os direitos dos eleitores e acarretando responsabilidades penais, civis e administrativas para os magistrados do TSJ. Além disso, destacam a importância de uma auditoria internacional independente das atas, com a presença de representantes das diferentes forças políticas.
No último domingo, magistrados do TSJ compareceram ao CNE para verificar a consistência das atas de escrutínio. Mais de 60% das atas já foram analisadas na presença de observadores nacionais e internacionais, como o Conselho de Especialistas Eleitorais da América Latina (Ceela) e o Observatório do Pensamento Estratégico para a Integração Regional.
Enquanto isso, partidos de oposição manifestam preocupação por não terem sido convidados a participar da perícia, levantando questionamentos sobre a transparência do processo. O candidato Enrique Marquez expressa desconhecimento sobre os detalhes da perícia realizada pelo TSJ.
O impasse persiste, com o presidente Nicolás Maduro recorrendo à Sala Eleitoral do TSJ com base na Constituição venezuelana. A oposição destaca a necessidade de o CNE divulgar os dados detalhados da votação antes que qualquer contencioso eleitoral seja resolvido pela Sala Eleitoral. Países e organismos internacionais clamam pela transparência no processo eleitoral, enquanto o CNE denuncia ataques cibernéticos que têm prejudicado o pleito.
Fonte: @ Agencia Brasil
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