Município gaúcho de 4.900 habitantes, afetado pela inundação do Vale do Taquari em setembro do ano passado. Obras de reconstrução da EMEF Castelo Branco reaberam pouco antes, trabalhando para recuperar algumas coisas. Perguntavam se era a enchente, materiais arrancados, solo submerso e levados para o segundo piso. Novas obras de reconstrução encaixotadas antes da tragédia.
A EMEI Família Alegre, instituição municipal de ensino infantil em Muçum (RS), foi reaberta em 24 de fevereiro deste ano, em um sábado ensolarado, após as recentes inundações que afetaram a região.
As enchentes históricas que ocorreram na cidade causaram danos significativos, mas a comunidade se uniu para reconstruir e reabrir a escola, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para as crianças. A superação das cheias é um exemplo de resiliência e solidariedade que inspira a todos.
Voluntários e ONGs unidos para recuperar após inundações históricas
Nos cinco meses anteriores, desde as inundações que assolaram a cidade em 4 de setembro de 2023, voluntários e organizações não governamentais trabalharam incansavelmente para recuperar tudo o que havia sido danificado pela água. Desde a parte elétrica até os livrinhos e brinquedos das crianças, cada item foi alvo de esforços para restauração. No entanto, a alegria da reabertura foi breve, pois em maio de 2024, a tragédia se repetiu, com as enchentes históricas que assolaram o Rio Grande do Sul desde o fim de abril.
Desafios enfrentados após a nova onda de inundações
O colégio, que havia sido reaberto pouco antes, agora se via novamente coberto pela lama das enchentes históricas. Alice Lorenzon, diretora da EMEI, expressou sua preocupação: ‘Agora, tudo de novo, e ainda pior. Como vai ser? Vamos reformar tudo, para vir mais água? É desumano’. A tristeza e o desespero eram palpáveis, com a sensação de ver todo o progresso conquistado de forma tão árdua ser perdido.
Esforços de reconstrução interrompidos pelas novas inundações
A poucos quilômetros dali, próximo ao encontro dos rios Taquari e Guaporé, a EMEF Castelo Branco lutava para se recuperar das inundações de setembro. Apenas duas semanas após a conclusão das obras de reconstrução, a água invadiu novamente o local. Ana Luísa Bettinelli, diretora da instituição, compartilhou a angústia vivida durante o desastre: ‘Quando o desastre começou, 18 alunos estavam na escola. Os mais velhos, com lágrimas nos olhos, ajudaram a encaixotar algumas coisas. Duas meninas que moram na região foram até lá para salvar seus cadernos’.
A dor e o aprendizado nas inundações de 2023
Nas inundações de 2023, a comunidade foi pega de surpresa pelos estragos devastadores. Este ano, após a dolorosa experiência, todos se mobilizaram para tentar salvar o que fosse possível antes que a água subisse novamente. Alice, diretora da EMEI Família Feliz, relatou sua corrida para proteger a escola ao primeiro sinal de chuva forte, mesmo estando no 8º mês de gestação. O esforço conjunto resultou na salvação de uma parte do material e dos pertences adquiridos com rifas, porém a estrutura física foi severamente danificada.
Desafios e perdas enfrentados após as recentes inundações
Na EMEF Castelo Branco, a estratégia de mover os itens para o segundo piso não foi suficiente para evitar os estragos causados pela inundação. Móveis, equipamentos e materiais didáticos foram arrancados pela água, deixando apenas o telhado acima do nível submerso. Ana Luísa lamentou as perdas: ‘Perdemos armário, carteiras de madeira, datashows. Deu para salvar a impressora, pelo menos, que tínhamos perdido da outra vez’.
Impacto emocional e preparação para futuras inundações
A comunidade escolar enfrentou um desafio ainda maior com as recentes inundações, levantando o medo de que as crianças não retornassem. Antes do desastre, a escola contava com 83 alunos matriculados, e a incerteza do futuro pairava no ar. O trabalho árduo de reconstrução e preparação para possíveis eventos futuros continuava, com a esperança de que a resiliência e a solidariedade prevalecessem diante das adversidades.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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