Equipe achou milípede gigante de cor única em floresta intacta, maior espécie não vista desde 1897. Importante remover deficiências para prevenir extinção.
Uma espécie de milípede gigante de cor marrom-escuro, não vista há 126 anos, foi encontrada no Parque Natural de Makira, que abriga a maior e mais preservada floresta de Madagascar, na África. Este milípede é uma das 21 espécies ‘perdidas’ que foram redescobertas pela Re:wild durante uma expedição à ilha africana em setembro do ano passado, e os resultados dessa descoberta foram divulgados recentemente.
O Parque Natural de Makira é conhecido por abrigar uma grande diversidade de espécies, incluindo mamíferos, aves e répteis. Esta redescoberta ressalta a importância de preservar o habitat natural para que outras espécies possam ser encontradas e estudadas. A preservação dessas áreas naturais é essencial para a conservação da biodiversidade e a descoberta de novos tipos de vida selvagem.
Descoberta de Espécies Perdidas em Floresta Intacta
A organização de conservação tem como objetivo localizar espécies que não foram vistas e registradas por pelo menos 10 anos, esperando que, ao remover as deficiências de dados, possa ajudar a prevenir a extinção das espécies. Fóssil de tubarão do tempo dos dinossauros resolve mistério de séculos. Cientistas analisam mamute e encontram fósseis de cromossomos pela primeira vez. Mutação genética rara transforma rã verde em azul.
Christina Biggs, oficial de espécies perdidas da Re:wild, avistou o milípede gigante cor rastejando sobre sua bota do lado de fora de sua tenda em uma manhã. ‘Eu filmei por um tempo porque achei legal, sem ter ideia de que era uma espécie realmente perdida’, disse ela à CNN por e-mail. ‘Só descobrimos que não havia sido documentada desde 1897 quando Dmitry Telnov, um especialista em besouros do Museu de História Natural de Londres, enviou material a um colega alemão especializado em miriápodes de Madagascar.’
O maior tipo da espécie (nome científico: Spirostreptus sculptus) observado era uma fêmea gigante medindo 27,5 centímetros. A equipe ficou surpresa ao descobrir que, apesar da falta de registros científicos, o milípede era, na verdade, bastante comum em toda a floresta intacta. ‘Existem muitas razões pelas quais uma espécie pode não ter sido documentada por mais de uma década, ou estar ‘perdida’ pela nossa definição. Doenças, poluição, clima catastrófico, conflito entre humanos e vida selvagem. Mas às vezes é simplesmente porque as pessoas não a procuraram ou estão menos interessadas porque não é fofinha e bonita’, disse Biggs.
Uma nova espécie de aranha foi descoberta durante a expedição a Makira. Entre as outras 20 espécies redescobertas estavam aranhas saltadoras, besouros semelhantes a formigas e três tipos de peixes. A equipe também documentou novas variedades que nunca haviam sido registradas anteriormente em Makira, como a aranha zebra.
Brogan Pett, diretor do grupo de trabalho SpiDiverse no Inventário de Biodiversidade para Conservação (Binco) e doutorando na Universidade de Exeter, no Reino Unido, fez a descoberta após avistar um saco de ovos pendurado na entrada de uma pequena caverna. ‘Eu imediatamente os reconheci como algo especial’, disse ele em um comunicado à imprensa. ‘Sacos de ovos pendulares são uma das características da família das aranhas zebra à qual essa nova espécie pertence. Eu rastejei um pouco para dentro da caverna e vi algumas aranhas adultas guardando sacos de ovos – eram bastante grandes e foi notável que elas tivessem passado tanto tempo sem serem reconhecidas.’
Procurando por espécies perdidas, Biggs explica que, na busca por espécies perdidas, a Re:wild geralmente se concentra em encontrar uma ou duas variedades em uma única expedição. No entanto, devido à alta densidade de biodiversidade em Madagascar, eles adotaram uma abordagem diferente, com uma equipe de 30 cientistas de diferentes universidades e grupos de conservação especializados em.
Fonte: © CNN Brasil
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