Testes com MDMA geram preocupações em especialistas que analisam proposta de tratamento: forma, potencial, ensaios, análise, recomendações, uso medicinal, FDA.
Uma comissão consultiva federal dos EUA decidiu, de maneira contundente, rejeitar o uso de MDMA, popularmente chamado de ecstasy, como tratamento para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Segundo a CNN dos Estados Unidos, a votação ocorreu na última terça-feira (04).
É fundamental considerar outras opções de tratamento para TEPT, como a terapia cognitivo-comportamental, que tem se mostrado eficaz em diversos casos. A busca por alternativas seguras e eficazes de tratamento para esse transtorno é essencial para o bem-estar dos pacientes.
Discussão sobre o Tratamento com Potencial de Transformação
O novo tratamento apresentado levanta questões importantes sobre a forma como podemos abordar as necessidades atuais no campo da terapia. O comitê responsável pela análise dos ensaios específicos expressou preocupações sobre a integridade dos dados apresentados.
Após extensas apresentações da Food and Drug Administration dos EUA, da Lykos Therapeutics e de membros do público, o comitê independente votou nas recomendações a serem feitas ao FDA. Foi evidente que o comitê estava dividido em relação ao uso medicinal do tratamento. Dos 11 membros, apenas dois consideraram o tratamento eficaz, enquanto os outros nove expressaram suas dúvidas.
A discussão em torno do potencial do tratamento para transformar a abordagem atual do TEPT foi intensa. Enquanto um membro do comitê defendeu os benefícios do tratamento, a maioria votou contra sua eficácia. Esta foi uma situação inédita para a FDA, que nunca havia considerado uma droga psicodélica para uso médico.
O MDMA, conhecido como ecstasy, é uma substância classificada como medicamento de Classe I, o que torna qualquer alteração nesse status uma decisão crucial. A FDA terá a palavra final sobre a aprovação formal do tratamento, e é fundamental considerar as recomendações dos comitês consultivos independentes.
Durante a apresentação dos dados dos ensaios clínicos em estágio avançado, que combinaram o MDMA com terapia para tratar TEPT, a Lykos Therapeutics recebeu tanto elogios quanto críticas. Enquanto muitos membros do comitê aplaudiram a inovação e o potencial do tratamento, algumas deficiências nos dados levantaram dúvidas sobre sua eficácia e segurança.
O Dr. Paul Holtzheimer, vice-diretor de pesquisa do Centro Nacional de TEPT, destacou a importância de buscar tratamentos inovadores, mas ressaltou a necessidade de cautela para não adotar terapias prematuramente. Ele enfatizou a importância de garantir a segurança e eficácia dos tratamentos antes de sua implementação.
O estudo envolvendo 200 participantes, que passaram por sessões de tratamento com MDMA e terapia, foi conduzido com rigor científico. A abordagem de duplo cego garantiu a imparcialidade dos resultados, mas ainda há questões a serem respondidas sobre a eficácia e segurança do tratamento. A análise desses dados será fundamental para as futuras recomendações sobre o uso do MDMA no tratamento do TEPT.
Fonte: @Olhar Digital
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