IBEVAR – FIA Business School prevê impacto das enchentes no faturamento de empresas varejistas, com interrupção das atividades e prejuízos significativos.
Uma pesquisa realizada pelo Ibevar e FIA Business School revela que o varejo no estado de São Paulo enfrenta desafios significativos devido às condições climáticas adversas. A perda média diária de faturamento para as empresas varejistas paulistas atingiu a marca de R$ 2,8 bilhões, impactando diretamente a economia local. Em um cenário de prolongamento das adversidades, estima-se que o prejuízo acumulado possa ultrapassar os R$ 40 bilhões.
Diante desse cenário desafiador, o setor de comércio eletrônico tem se destacado como uma alternativa viável para as empresas enfrentarem as dificuldades no varejo tradicional. A adaptação às novas demandas do mercado tem sido fundamental para a sobrevivência dos negócios, mostrando a importância da inovação e da flexibilidade no atual contexto econômico.
O impacto das enchentes no setor de varejo e comércio
Tendo como referência o PIB do estado, quarta maior economia do Brasil, o faturamento representaria aproximadamente 10% de tudo que se produz no RS. O estudo considerou as principais cidades e regiões afetadas pelas enchentes, como Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.
Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, destaca que a interrupção das atividades no varejo e comércio poderia chegar a causar um prejuízo significativo. Ele acredita que a estimativa dá apenas uma visão parcial dos impactos mais diretos, mas ressalta que o problema pode ser bem maior.
Além de afetar o RS, as enchentes no estado trazem impacto para a economia brasileira como um todo em diversos setores, sobretudo no varejo. Bares e restaurantes, por exemplo, estão entre os segmentos mais afetados, conforme anunciado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
A Abrasel está articulando ações para ajudar o setor de alimentação fora do lar, altamente impactado pelas enchentes. Uma das iniciativas é a adaptação da plataforma digital UP, que permitirá entender as necessidades dos empresários do setor e entregar soluções individualizadas. Outra frente está focada em manter os empregos no setor, diante das dificuldades para pagamento de salários.
Mesmo as empresas que não foram diretamente atingidas pelas enchentes enfrentam queda no faturamento. A Abrasel estima que a normalização das atividades no estado pode levar ao menos dois anos, evidenciando o impacto prolongado no setor de varejo e comércio.
Para auxiliar os empreendedores gaúchos na busca por informações relevantes, a Abrasel reuniu em uma publicação todos os conteúdos relacionados às providências anunciadas pelo poder público e por entidades para a recuperação dos estabelecimentos afetados.
Com o objetivo de garantir a retomada das atividades com segurança, foi lançada uma cartilha para apoiar os estabelecimentos na limpeza e recuperação após as inundações. O material oferece um passo a passo sobre como proceder na limpeza de áreas afetadas pela água, abordando desde a remoção de resíduos e lama até a desinfecção de superfícies e equipamentos.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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