Alterando o número de séries nos treinos de força semanais, é possível contornar dificuldades e obter ganhos expressivos de massa muscular, indica estudo com ressonância magnética do quadríceps femural.
De acordo com uma pesquisa recente conduzida na Universidade de São Paulo (USP), a inclusão de séries nos exercícios de força pode ser muito benéfica para a saúde dos idosos, ajudando a fortalecer e desenvolver seus músculos. Essa prática não só auxilia no aumento da massa magra, mas também promove uma melhor qualidade de vida, contribuindo para a manutenção da saúde e da independência na terceira idade.
Além disso, a atividade física regular, focada no fortalecimento da musculatura, é fundamental para prevenir a perda de massa muscular e manter a funcionalidade do corpo ao longo dos anos. Portanto, investir em treinos que visem o fortalecimento dos músculos é essencial para garantir um envelhecimento saudável e ativo, promovendo não apenas benefícios físicos, mas também mentais e emocionais. Manter-se ativo e cuidar da saúde dos músculos é uma atitude valiosa em qualquer fase da vida.
A Importância das Séries aos Exercícios para Desenvolvimento da Massa Muscular em Idosos
Para chegar a essa conclusão, um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Educação Física e Esporte da USP analisou 85 voluntários com mais de 60 anos, que eram clinicamente saudáveis e apresentavam índice de massa corporal normal. A pesquisa focou em como colocar séries extras nos treinos de força pode impactar a formação de músculos em idosos.
Entre os participantes, 40% demonstraram ser responsivos aos treinos de força, o que significa que obtiveram ganhos expressivos de massa muscular. Já os outros 60% foram considerados não-responsivos, apresentando um aumento menos significante na musculatura.
Durante o experimento, os voluntários realizaram dois treinos semanais em cadeiras extensoras, com movimentos unilaterais em uma perna de cada vez. Um dos grupos fez uma única série de 8 a 15 repetições, enquanto o outro realizou quatro séries com a mesma quantidade de repetições. As cargas foram ajustadas individualmente para cada participante.
Antes e após o período de 10 semanas de treinamento, todos os voluntários foram submetidos a ressonância magnética do quadríceps femural para avaliar as mudanças na musculatura e a um teste de força máximo nos membros inferiores para medir os ganhos de força muscular.
Os resultados apontaram que os treinos com mais séries geraram melhores resultados nos dois grupos. Nos não-responsivos, 80% apresentaram melhor resposta ao aumento das séries, enquanto nos responsivos, 47% desenvolveram mais massa muscular devido ao maior volume de treinamento.
O autor do estudo, Manoel Lixandrão, destaca a eficácia da elevação do número de séries como estratégia para superar as dificuldades de aumento de massa muscular nos não-responsivos. Ele ressalta que a variação na responsividade ao treino de força pode ser influenciada por diversos fatores, como genética, alimentação, sono e nível de atividade física diária.
A educadora física Nádia Souza Lima da Silva, pesquisadora da UFRJ, aponta que o tipo de fibra muscular predominante em cada indivíduo também pode influenciar na resposta ao treinamento de força. Portanto, ao adaptar o volume e intensidade dos exercícios, é possível potencializar os ganhos de massa magra e fortalecer a musculatura, promovendo assim a autonomia e qualidade de vida na terceira idade.
Fonte: @ Estadão
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