Uso mensal de medicamento para colesterol LDL teve adesão de 48,5% dos pacientes, mais alta que a forma de tomar duas vezes por ano.
O que leva um indivíduo a não seguir um tratamento? Em determinadas situações, a evolução dos sinais, mas a maneira de tomar a medicação, bem como a dosagem de doses podem influenciar nessa escolha.
Além disso, a falta de informação sobre o tratamento e os possíveis efeitos colaterais da medicação também podem ser fatores determinantes para a não adesão. É importante que haja uma comunicação clara entre o profissional de saúde e o paciente, a fim de garantir a eficácia do tratamento.
Estudo sobre Adesão ao Tratamento de Colesterol LDL
Um estudo realizado nos Estados Unidos com 42.826 participantes que estão em tratamento para diminuição do colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim, revelou que 70% dos pacientes aderiram à opção de tratamento duas vezes por ano. Por outro lado, a posologia mensal teve apenas 48,6% de adesão, um dado preocupante, considerando os riscos de doenças cardiovasculares associadas à falta de adesão ao tratamento.
Pacientes que lidam com essa condição, que pode levar à formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), geralmente são tratados com estatinas. No estudo, o primeiro a utilizar dados do mundo real, ou seja, com pacientes em tratamento, os pesquisadores observaram o engajamento dos pacientes com a inclisirana (administração duas vezes ao ano), alirocumabe (a cada duas semanas) e evolocumabe (mensal).
A análise levou em consideração pacientes que mantiveram 12 meses de adesão ininterrupta a uma das três terapias antes do início da avaliação e seis meses após o término. Os dados foram obtidos do banco de dados Komodo Health, resultando em uma alta adesão de 69,9% à inclisirana, e taxas de adesão de 51% e 48,6% para alirocumabe e evolocumabe, respectivamente.
Esses resultados foram apresentados no recente congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), que ocorreu no início deste mês, considerando que a inclisirana foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho de 2023.
Importância da Adesão ao Tratamento
O cardiologista do InCor, Sergio Timerman, ressalta a importância dos resultados para a compreensão da adesão aos tratamentos tanto pelos médicos quanto pelos pacientes. Ele destaca que a adesão ininterrupta ao tratamento é essencial para a prevenção de eventos como infarto, angina e AVC, além de evitar novos episódios para os pacientes.
Timerman enfatiza que essas doenças representam um desafio de saúde pública, hospitalar e econômico para o país, destacando a necessidade de uma adesão consistente e contínua ao tratamento para garantir a eficácia e segurança dos pacientes.
Fonte: @ Veja Abril
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