Alerta de estudo no Brasil sobre riscos graves da alta prescrição e uso prolongado de bombinhas SABA para alívio rápido dos sintomas.
Uma pesquisa divulgada recentemente revelou que o uso abusivo e incorreto de um certo tipo de inalador para asma pode elevar a probabilidade de ocorrência de complicações sérias da doença de asma, prejudicando a qualidade de vida.
No tratamento da asma, é fundamental seguir corretamente as orientações médicas quanto ao uso do broncodilatador e inalador, evitando assim qualquer crispamento nos pulmões e garantindo uma gestão eficaz da condição de saúde.
Estudo Global sobre o Uso de SABA na Asma Revela Dados Preocupantes
A análise de dados coletados em diferentes regiões do Brasil, tanto em serviços públicos quanto privados, revelou informações alarmantes sobre a prescrição de medicamentos para o tratamento da asma. O estudo, parte de uma pesquisa global chamada SABINA, patrocinada pela AstraZeneca, focou em pacientes asmáticos e seu uso de SABA, um tipo de bombinha contendo broncodilatador inalatório de curta duração.
O estudo, publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia, apontou que o uso excessivo de SABA pode estar relacionado a exacerbações graves da doença, aumentando a inflamação nos pacientes. Essa descoberta levanta preocupações sobre a prescrição inadequada desses medicamentos e a falta de percepção da gravidade da asma por parte dos profissionais de saúde.
A asma, uma das doenças respiratórias mais comuns no Brasil, apresenta sintomas como dificuldade de respirar, chiado no peito e respiração curta. Fatores ambientais e genéticos podem desempenhar um papel no desenvolvimento e agravamento da doença, tornando crucial o uso adequado de medicamentos e a orientação médica correta.
No estudo, 218 pacientes asmáticos foram analisados, revelando que a maioria recebeu prescrição de SABA além da terapia de manutenção. O uso médio do medicamento foi de 11,2 frascos nos 12 meses anteriores à pesquisa, com uma parcela significativa dos pacientes recebendo prescrições consideradas excessivas.
Os resultados apontam para a necessidade de uma revisão nas práticas de prescrição de medicamentos para asmáticos, visando evitar exacerbações graves da doença e o uso desnecessário de corticosteroides orais. A conscientização sobre o tratamento adequado da asma é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes a longo prazo.
Fonte: © CNN Brasil
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