Jorge Luiz e Felipe Mattos, foragidos, se apresentaram ao Departamento de Homicídios, após decisão do Poder Judiciário, que aplicou a Lei Geral do Esporte, contra a torcida organizada, em busca de Justiça.
A Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, está envolvida em uma crise após a entrega de dois de seus líderes à polícia. Jorge Luiz, ex-presidente, e Felipe Mattos, vice da Mancha, se renderam às autoridades após estarem foragidos da Justiça.
A Mancha é conhecida por sua paixão e dedicação ao Palmeiras, mas agora enfrenta um momento difícil devido às acusações contra seus líderes. Eles são acusados de participar de uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro, que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras 17 feridas em outubro. A organização da torcida agora precisa lidar com as consequências dessas ações e trabalhar para restaurar a confiança do grupo e da comunidade. A justiça precisa ser feita para que a Mancha possa seguir em frente.
Investigação sobre a Mancha
A família do torcedor cruzeirense que faleceu está processando o Palmeiras e exige uma indenização de aproximadamente R$ 9 milhões. Essa informação foi confirmada pelos advogados que representam a família. O primeiro a se apresentar às autoridades foi o vice-presidente Felipe Mattos dos Santos, também conhecido como ‘Fezinho’. De acordo com as investigações, ele teve um papel fundamental na execução do plano.
Depois, Jorge Luiz Sampaio Santos compareceu ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Na época do ocorrido, ele era o presidente da Mancha, cargo que renunciou no último domingo. Segundo os investigadores, Jorge Luiz foi o responsável por idealizar, planejar e executar a emboscada.
A defesa de Jorge Luiz afirma que ele confia no Poder Judiciário e em sua capacidade de garantir sua integridade física, segurança e direitos fundamentais. Além disso, a defesa afirma que as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade.
Com isso, o número de torcedores palmeirenses presos nas investigações do caso chegou a 15. As prisões são temporárias e podem durar até 30 dias. Outros suspeitos seguem foragidos, incluindo Aurélio Andrade de Lima, torcedor da Mancha, e Neilo Ferreira e Silva, também conhecido como ‘Lagartixa’, professor de boxe e muay thai, apontado como linha de frente da Mancha na emboscada.
A Emboscada da Mancha
A Mancha usou pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões na emboscada. De acordo com a Polícia Civil, a Mancha queria se vingar da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, por uma briga que ‘perdeu’ em Minas Gerais, em 2022. O DHPP analisou vídeos da emboscada, gravados pelos próprios palmeirenses que foram postados nas redes sociais, e identificou ao menos 18 membros da Mancha envolvidos no ataque.
Os torcedores serão responsabilizados criminalmente por lesão corporal devidos aos ferimentos causados nos outros torcedores do Cruzeiro. Além disso, eles serão punidos por dano, tumulto e associação criminosa no contexto da Lei Geral do Esporte.
A lista de palmeirenses presos inclui Luiz Ferretti Junior, Rodrigo Santander Tosin, Caio Cesar De Souza Guilherme, Marcos Moretto Junior, Alan De França Soares, Lucas Henrique Marchelli De Lima, Diego Machado Sardella, Jesus Pedrosa De Almeida, Vinicius Sales Canuto, Rogério Carnietto, Jeovan Fleury Patini, Alekssander Ricardo Tancredi, Leandro Gomes dos Santos, Felipe Mattos dos Santos e Jorge Luiz Sampaio Santos.
Consequências para a Mancha
A Mancha está enfrentando consequências graves após a emboscada. Além das prisões, a organização também está sendo investigada pelo Poder Judiciário. A Justiça está trabalhando para garantir que os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei.
A torcida organizada do Palmeiras está sendo monitorada de perto pelas autoridades, e medidas estão sendo tomadas para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro. A segurança dos torcedores é uma prioridade, e a Mancha precisa ser responsabilizada por suas ações.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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