Fundo do agronegócio do Itaú com 80 mil cotistas, oferece Certificados de Recebíveis, patrimônio líquido total em renda fixa do setor de produtos agrícolas, incluindo recuperação judicial.
O Itaú Asset Rural Fiagro (RURA11) sofreu uma queda significativa de 5,64% no pregão desta terça-feira (1), com as cotas sendo negociadas a R$ 9,20, em decorrência de novas notícias envolvendo atrasos de pagamento de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que afetam diretamente a confiança dos investidores.
Essa queda reflete a incerteza em relação ao desempenho futuro do CRA, que é um dos principais produtos de renda fixa do mercado financeiro brasileiro. Além disso, a volatilidade dos títulos de renda fixa pode ser um fator adicional que contribui para a instabilidade do mercado. A gestão eficaz dos riscos é fundamental para minimizar as perdas. É importante monitorar de perto as notícias e atualizações sobre o CRA para tomar decisões informadas sobre investimentos.
O CRA e o Fundo do Agronegócio do Itaú
O fundo do agronegócio do Itaú, com mais de 80 mil cotistas, possui uma carteira diversificada que inclui R$ 51 milhões investidos no CRA emitido pelo produtor rural João Batista Consentini em parceria com a securitizadora Canal. Esse investimento é apenas uma parte do patrimônio líquido total do RURA11, que alcança R$ 1,6 bilhões, conforme o relatório gerencial mais recente.
Entendendo os CRAs
Os CRAs, ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio, são títulos de renda fixa do setor agrícola que visam captar recursos para financiar a produção, comercialização e industrialização de produtos, insumos e máquinas no campo. Eles são emitidos por produtores rurais, cooperativas e terceiros, e são uma forma de financiamento para o setor agrícola.
Desafios financeiros e recuperação judicial
Conforme divulgado pelo site The AgriBiz, Consentini enfrenta atualmente dívidas de R$ 700 milhões e precisou recorrer à Justiça de Tocantins para tentar negociar com os credores do CRA. O juiz responsável pelo processo, que ainda corre em sigilo, deu um prazo de 60 dias para o produtor buscar uma solução. Caso o agricultor não encontre uma alternativa para solucionar o problema financeiro, o processo pode escalar para uma recuperação judicial, o que seria mais um caso no universo agro. Além disso, o RURA11 também investe cerca de R$ 20 milhões no CRA do Portal Agro, grupo que entrou com pedido de recuperação judicial na última semana. Esses desafios financeiros destacam a importância de uma gestão eficaz dos CRAs e a necessidade de soluções inovadoras para o setor agrícola.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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