O sistema de metas de cumprimento da faixa de tolerância do índice de preços marca a taxa básica de juros. Lula apoia a manutenção da meta.
O governo federal divulgou hoje uma importante alteração no sistema de metas de inflação ao emitir um decreto no Diário Oficial da União, estabelecendo a ‘inflação contínua’.
Essa nova abordagem visa aprimorar a forma como a inflação é controlada, garantindo maior estabilidade econômica e previsibilidade para os investidores. A implementação da ‘inflação contínua’ representa um marco na política monetária do país, demonstrando o compromisso do governo em combater os efeitos negativos da inflação e promover um ambiente econômico mais saudável e equilibrado.
O Novo Formato de Metas de Inflação a Partir de 2025
O sistema de metas de inflação é fundamental para garantir a estabilidade econômica de um país. No Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é responsável por estabelecer a meta central e o intervalo de tolerância, que define a faixa de cumprimento, com base nas propostas do ministro da Fazenda. Esses parâmetros são essenciais para manter a inflação sob controle.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu apoio à manutenção da meta atual de 3%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que a inflação pode oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que a meta seja considerada descumprida. Essa margem de flexibilidade é crucial para lidar com as variações na economia.
O índice de preços adotado, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de extrema importância para monitorar a evolução dos preços. O Banco Central utiliza esses dados para definir a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,50% ao ano. A Selic é ajustada de acordo com as projeções de inflação, visando manter os preços alinhados com a meta estabelecida.
Uma das mudanças introduzidas pelo decreto é a alteração no intervalo de cálculo da meta. Antes anual, agora a meta será contínua, acompanhando a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Isso proporcionará maior estabilidade e previsibilidade, permitindo ao governo monitorar a inflação de forma mais eficaz.
O CMN, composto por representantes do governo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá a responsabilidade de definir e ajustar a meta contínua e o intervalo de tolerância. Essas medidas são essenciais para garantir a eficácia do sistema de metas de inflação e a saúde econômica do país.
Fonte: @ JC Concursos
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