O grupo Zelo, após 55 aquisições em sete anos, capta R$ 130 milhões para retomar a consolidação de cemitérios no mercado de planos e serviços funerários, parte de sua estratégia de expansão, com certificado de recebíveis e redução da Selic.
O mercado de planos e serviços funerários no Brasil está em constante evolução, com uma tendência de crescimento e consolidação. Nesse cenário, o Grupo Zelo busca se posicionar como uma das principais empresas do setor, que movimenta cerca de R$ 13 bilhões anualmente. A expansão do mercado é impulsionada por fatores demográficos e econômicos.
Para manter sua posição de liderança, o Grupo Zelo está focado em estratégias de M&As (Fusões e Aquisições) para ampliar sua presença no mercado. Através de aquisições e incorporações estratégicas, a empresa busca fortalecer sua rede de serviços e oferecer soluções mais completas aos clientes. A consolidação do mercado é um processo contínuo, e o Grupo Zelo está preparado para enfrentar os desafios e oportunidades que surgem nesse cenário.
Expansão e Modernização
A companhia mineira, que conta com a Crescera Capital como sócia, realizou uma captação de R$ 130 milhões para investir na modernização e expansão de suas operações, além de buscar novos ativos, dentro de uma estratégia de expansão do faturamento, previsto para alcançar a casa de R$ 700 milhões neste ano. Essa operação foi fundamental para a empresa, pois permitiu uma estrutura de capital robusta, abrindo caminho para novas aquisições e fusões, combinando crescimento orgânico com inorgânico.
Segundo Lucas Provenza, CEO do Grupo Zelo, a empresa realizou a captação através de certificado de recebíveis (CR), com prazo de sete anos, em uma emissão coordenada pelo Itaú BBA. Essa foi a maior emissão já feita pela companhia. O foco da empresa em M&As está em ativos que possam aumentar a oferta de serviços em praças que a companhia atende. Operações para expansão territorial estão em segundo plano, pois geralmente não oferecem retorno em níveis considerados bons.
Expansão e Rentabilidade
‘Estamos menos focados em tamanho e mais em rentabilidade’, diz Provenza, destacando que a redução da Selic pode fazer com que o Zelo retome os planos nessa frente. A empresa vem utilizando M&As para se tornar o maior nome do mercado de death care, que conta ainda com o grupo gaúcho Cortel. Ao longo de sete anos, a companhia realizou mais de 55 aquisições e fusões.
Somente em 2021, depois que a Crescera Capital aportou cerca de R$ 370 milhões e se tornou um dos principais acionistas, o Zelo comprou 21 ativos, entre cemitérios, crematórios e empresas de serviços funerários pelo País. A empresa também é parte do consórcio Consolare, que em 2022 pagou R$ 155 milhões para administrar seis cemitérios de São Paulo por 25 anos.
Presença no Mercado
Com isso, o Zelo conta atualmente com 4 milhões de vidas cobertas pelos seus planos funerários, cerca de 3,1 mil funcionários, 22 cemitérios e mais de 200 filiais espalhadas por 14 Estados, com forte presença no Sudeste e no Nordeste. No ano passado, seu faturamento somou R$ 540 milhões. Depois de interromper as aquisições entre 2022 e 2023, para integrar os ativos, o Zelo volta a olhar com mais atenção o mercado.
A companhia já realizou duas aquisições em 2024, de companhias que atuam com planos e serviços funerários no Espírito Santo e no Ceará. Considerando outras operações em negociação, a expectativa de Provenza é realizar quase R$ 50 milhões em M&As neste ano e cerca de R$ 80 milhões no ano que vem. Para isso, ele conta com o fato de o mercado ainda ser bastante fragmentado, com a maioria das empresas de cunho familiar.
Drivers de M&A
‘O principal driver de M&A no nosso setor passa pela questão de sucessão’, diz o CEO do Zelo. ‘São grupos em que o fundador criou o negócio, mas os filhos não têm interesse em administrar. Então, algumas vezes ele nos vê como uma oportunidade de ajudar a perenizar o negócio.’ A cobertura nacional é vista como fundamental para a empresa, que busca expandir sua presença no mercado de death care.
Fonte: @ NEO FEED
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