Cantor indiciado pela PC PE por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa, nega irregularidades em operação que investiga PIX365, GSA, J.M.J e Empreendimentos.
A Polícia Civil de Pernambuco acaba de indiciar o famoso cantor Gusttavo Lima por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Operação Integration. Essa medida é um passo importante na investigação que envolve o artista.
Agora, cabe ao Ministério Público decidir se Gusttavo Lima, um dos principais nomes do sertanejo brasileiro, será denunciado ou não. A decisão é aguardada com expectativa, pois o cantor é uma figura conhecida e respeitada no meio artístico. A carreira de Gusttavo Lima pode ser afetada por essa investigação.
Investigação contra Gusttavo Lima
A Operação Integration, que investiga o cantor Gusttavo Lima, revelou novos detalhes sobre as suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A defesa do artista sertanejo nega as irregularidades, mas a polícia encontrou indícios que levaram ao indiciamento do cantor.
A apreensão de R$ 150 mil na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia (GO), é um dos principais indícios de lavagem de dinheiro. Além disso, foram encontradas 18 notas fiscais sequenciais, emitidas no mesmo dia e em valores fracionados, pela empresa GSA Empreendimentos, para a PIX365 Soluções. Essas notas fiscais somam mais de R$ 8 milhões pelo uso da imagem de Gusttavo Lima.
A defesa do cantor afirma que o dinheiro apreendido era para pagamento de fornecedores e que as notas fiscais foram declaradas e os impostos pagos. No entanto, a polícia suspeita que esses valores sejam provenientes de atividades ilegais.
Irregularidades na venda de aeronaves
Outra suspeita que envolve Gusttavo Lima é a de negociação irregular de duas aeronaves para empresários ligados a jogos ilegais. Uma delas, da Balada Eventos, foi vendida duas vezes em um ano para investigados pela polícia pernambucana. A primeira venda aconteceu em 2023, quando foi adquirida por 6 milhões de dólares pela Sports Entretenimento, empresa pertencente a Darwin Henrique da Silva Filho, que é de uma família de bicheiros do Recife.
Darwin ficou com o avião por dois meses e se desfez sob o pretexto de problemas técnicos. Contrato e distrato foram emitidos em 25 de maio daquele ano. O laudo que apontou a falha mecânica foi feito após o cancelamento da compra, em 29 de junho. Já em fevereiro de 2024, a empresa de Gusttavo Lima vendeu o avião à J.M.J Participações, de José André da Rocha Neto, outro alvo da operação.
A transação de R$ 33 milhões envolveu, também, um helicóptero da empresa do cantor e que já tinha sido comprado por outra empresa de Rocha Neto. Na negociação, o helicóptero voltou para Gusttavo Lima. A defesa do cantor alega que os contratos foram feitos em nomes das empresas com os seus representantes legais, o que afastaria a possibilidade de lavagem de dinheiro.
Fonte: @ Terra
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