Frente fria reduziu focos de queimadas na primeira quinzena de julho no centro-sul, mas onda de frio e tempo seco preocupam até agosto.
De acordo com a análise de Fábio Luego, meteorologista da Climatempo, as queimadas no Pantanal têm sido um tema de grande preocupação no Brasil nos últimos tempos, devido ao significativo aumento em comparação com anos anteriores. O clima seco e quente dos últimos meses tem sido um dos principais fatores que contribuíram para a intensificação das queimadas nesse bioma.
O aumento dos focos de incêndio no Pantanal tem gerado impactos significativos na fauna e flora da região. As altas temperaturas e a falta de chuvas têm favorecido a propagação das queimadas, colocando em risco a biodiversidade local. É fundamental que medidas urgentes sejam tomadas para controlar a situação e evitar danos irreparáveis ao ecossistema do Pantanal. clima seco e quente
Impacto da Onda de Frio na Redução dos Focos de Queimadas
A onda de frio que atingiu parte do centro-sul do Brasil na primeira quinzena de julho teve um efeito positivo na diminuição dos focos de queimadas na região. Essa mudança climática brusca, com temperaturas mais baixas do que o normal para a época, contribuiu significativamente para controlar os incêndios que vinham assolando a região.
A relação entre as temperaturas e os focos de incêndio é evidente quando se analisa os dados coletados pelo INPE. Em Corumbá, Mato Grosso do Sul, que é o município brasileiro com maior número de focos de fogo, a queda nas temperaturas durante a onda de frio resultou em uma redução drástica no número de queimadas.
No início do mês de julho, quando as temperaturas estavam acima dos 30°C, os focos de incêndio eram alarmantes, com 381 focos registrados nos primeiros 6 dias. No entanto, durante a onda de frio, as temperaturas máximas ficaram abaixo dos 20°C, levando a uma diminuição expressiva no número de focos, chegando a apenas 29 em 9 dias.
Essa mudança repentina no clima, com a chegada da onda de frio, trouxe alívio para a região do Pantanal, que vinha sofrendo com incêndios descontrolados. A umidade do ar aumentou, e até mesmo chuvas foram registradas, ajudando a conter as chamas que ameaçavam a fauna e flora locais.
No entanto, apesar desse período de trégua, a preocupação com as queimadas no Pantanal ainda persiste. Com a previsão de chuvas escassas nos próximos meses e a chegada dos meses de agosto e setembro, historicamente os mais críticos em termos de incêndios, a situação permanece delicada. É essencial continuar monitorando de perto a região e adotar medidas preventivas para evitar novas tragédias ambientais.
Fonte: @ Terra
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