Economista-chefe do Inter fala sobre incerteza fiscal e dificuldade de confiar no governo, enquanto Gabriel Galípolo precisa mostrar compromisso no combate à inflação no mercado financeiro, considerando a capacidade de expansão e o choque climático, além da política monetária e taxa básica.
A inflação é um dos principais desafios enfrentados pela economia brasileira, e sua estabilidade é fundamental para que o mercado financeiro retome o otimismo. No entanto, a incerteza fiscal é outro fator que pode afetar negativamente a economia, tornando-se um obstáculo para o crescimento sustentável.
A alta da inflação é um sinal de alerta para a economia brasileira, e é necessário que o governo tome medidas eficazes para controlar a pressão inflacionária. A aceleração da inflação pode ter consequências negativas para a economia, como a perda de poder de compra dos consumidores e a redução da confiança dos investidores. É fundamental que o governo adote políticas econômicas sólidas para combater a inflação e garantir a estabilidade da economia. Além disso, é necessário que haja uma coordenação eficaz entre as políticas fiscal e monetária para evitar a aceleração da inflação.
A Alta da Inflação e o Risco de Aceleração
O mercado financeiro está indicando um grande risco de uma alta mais forte da inflação, o que pode levar o Banco Central a subir os juros de maneira mais acelerada do que se espera. Segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, ‘a economia já está operando perto da sua capacidade, e mais expansão de gastos pode provocar uma aceleração maior da inflação’. Essa é a grande preocupação, pois a alta de energia e alimentos, ambos efeitos do recente choque climático, pode trazer pressão inflacionária adicional.
A economista fez uma revisão do cenário econômico e elevou a projeção de inflação no ano de 4,4% para 4,5%. Além disso, a maior aversão a risco continua pressionando o dólar, que teve nova valorização e chegou a R$ 5,65, acima da expectativa de R$ 5,40. Isso pode trazer pressão inflacionária adicional e exigir mais duas altas de 0,50 ponto percentual para a taxa básica.
A Pressão Inflacionária e a Política Monetária
Embora a economista considere os atuais juros no Brasil restritivos, ela projeta mais duas altas de 0,50 ponto percentual para a taxa básica. Isso ocorre porque a confirmação de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central a partir de 2025 pode não ser suficiente para restabelecer a sintonia entre a autoridade monetária, o governo e o mercado. Na visão de Vitória, Galípolo terá de mostrar na prática o seu discurso no Senado: manter o esforço de política monetária e cumprir a meta de inflação.
A economista reforça que ‘tem uma visão positiva e construtiva da nossa economia’, mas que pela primeira vez viu um upgrade da nota de crédito do Brasil ser criticado em vez de comemorado. ‘Esse é um termômetro do pessimismo que existe hoje, de maneira geral, nos mercados’, diz ela.
A Preocupação com a Inflação e a Incerteza
A principal preocupação econômica é a inflação. A grande preocupação é se os modelos estão corretos, ou seja, que tenha um choque maior. Em parte esse choque já está acontecendo nesse câmbio mais próximo de R$ 5,70, que traz uma pressão adicional. A questão fiscal também pode adicionar pressão pelo lado da demanda. Estamos em um momento de incerteza com relação ao que pode acontecer no futuro, e a alta da inflação é um dos principais riscos que vemos no cenário.
Fonte: @ NEO FEED
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