Índice é o quarto maior entre as capitais pesquisadas pelo IBGE na região metropolitana gaúcha.
A crise hídrica que assolou boa parte do estado de São Paulo no último trimestre do ano impactou diretamente a inflação na capital. Em outubro, o índice de preços na região metropolitana de São Paulo registrou um aumento de 1,2%, impulsionado principalmente pelo setor de alimentos e bebidas.
Esse aumento de preços afetou diretamente o custo de vida dos paulistanos, que tiveram que lidar com gastos mais elevados em seu dia a dia. Mesmo com medidas para conter a inflação, como o controle de preços de alguns produtos, a população sentiu no bolso os efeitos desse cenário econômico desafiador.
Aumento da inflação na região metropolitana de Porto Alegre
A inflação na capital gaúcha atingiu seu pico em maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado recentemente pelo IBGE.
Para calcular a inflação oficial no país, o IBGE realiza pesquisas de preços em várias regiões metropolitanas, incluindo Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e municípios como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
A região metropolitana de Porto Alegre tem um peso significativo de 8,61%, sendo o quarto maior, atrás de Belo Horizonte (9,69%), Rio de Janeiro (9,43%) e São Paulo, que representa cerca de um terço (32,28%). Os itens que mais impactaram os consumidores de Porto Alegre foram a batata-inglesa (23,94%), o gás de botijão (7,39%) e a gasolina (1,8%).
Dentre esses, a batata-inglesa foi o único item que teve um aumento próximo da média nacional, subindo 20,61% no país. Enquanto o gás de botijão (1,04%) e a gasolina (0,45%) tiveram aumentos mais modestos no IPCA nacional. O grupo de alimentos e bebidas teve um aumento de 0,62% no país e 2,63% em Porto Alegre. Já as hortaliças e verduras subiram 0,37% no país, mas tiveram um aumento significativo de 14,88% em Porto Alegre.
No caso das frutas, que tiveram uma queda de preço na média nacional (-2,73%), os moradores de Porto Alegre viram um aumento de 5,52% em comparação com abril. Os pescados também ficaram mais baratos no país (-0,28%) e mais caros em Porto Alegre (3,44%). Além disso, o preço de aves e ovos subiu 0,35% no país e 4% na capital gaúcha.
Leite e derivados, que contribuíram para a inflação nacional com um aumento de 1,97% nos preços, ficaram ainda mais caros na região afetada por questões climáticas (4,38%). Apesar do IPCA em Porto Alegre estar quase dobrando a inflação nacional, três dos nove grupos de preços pesquisados tiveram deflação na capital gaúcha, ou seja, ficaram mais baratos.
Esses grupos incluem artigos de residência (-1,54%), saúde e cuidados pessoais (-0,02%) e comunicação (-0,41%). Além do IPCA, que mede a inflação para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que possui uma metodologia semelhante à do IPCA, mas com pesos ajustados para refletir o padrão de consumo de famílias com renda entre um e cinco salários mínimos.
Segundo esse índice, que dá mais importância aos alimentos, a inflação na capital gaúcha mais que dobrou em relação à média nacional, atingindo 0,95%. Enquanto no Brasil o INPC foi de 0,46% em maio. A coleta de dados no Sul foi prejudicada devido a uma situação de calamidade, o que impactou a coleta presencial de preços. Em maio, cerca de 65% dos dados foram coletados presencialmente na região metropolitana de Porto Alegre, um aumento significativo em comparação com a situação normal.
Alguns produtos não puderam ter seus preços coletados presencialmente ou remotamente, levando o IBGE a utilizar a imputação de dados, uma técnica estatística prevista para essas situações.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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