Profissionais renomados alertam sobre alta incidência de insuficiência cardíaca no Brasil. Diagnóstico e tratamento adequados evitam sequelas letais.
Algumas enfermidades do sistema cardiovascular demandam cuidados especiais por parte dos profissionais de saúde e dos pacientes devido à alta frequência na sociedade e sua gravidade. Um exemplo é a insuficiência cardíaca. Pesquisas em âmbito global apontam que cerca de 2% da população mundial é afetada, com um aumento para 10% após os 75 anos de idade. Aqui no Brasil, estima-se que 3 milhões de indivíduos sofrem com essa condição.
É fundamental estar atento aos sinais de falência cardíaca e buscar ajuda médica o mais rápido possível. A insuficiência do coração pode ter sérias consequências se não for tratada adequadamente. Portanto, é essencial manter um acompanhamento regular com um cardiologista e seguir as orientações para garantir a saúde do seu coração.
Insuficiência Cardíaca: Uma Condição Grave do Coração
A insuficiência cardíaca é uma condição grave que se caracteriza pela incapacidade do coração de bombear sangue em quantidade suficiente para atender as necessidades do corpo. Entre as causas da insuficiência cardíaca estão as sequelas de infarto, diabetes, hipertensão, patologias que afetam as válvulas do coração, doenças autoimunes, infecções diversas (incluindo Covid-19), inflamação no músculo cardíaco (miocardite), alcoolismo, doença de Chagas, obesidade, intoxicação por medicamentos e muito mais.
Os sintomas da insuficiência cardíaca incluem sensação de cansaço, suor frio, falta de ar, tonturas, coração acelerado, tosse, perda de apetite, palidez e inchaço nas pernas, pés e abdômen. Trata-se de uma doença gravíssima cuja mortalidade supera muitos tipos de câncer. Após o diagnóstico, a sobrevida média dos portadores é de 50% em cinco anos e, nas fases avançadas da doença, é de 50% em um ano.
Dados recentes revelam que nos Estados Unidos a tendência de morte – que estava em descendência – voltou a se elevar. A alta incidência da insuficiência cardíaca colabora para internações, principalmente em pacientes acima de 65 anos. E as reinternações são elevadas: 25% dos que recebem alta voltam a ser hospitalizados em 60 dias e 50% em até seis meses.
Insuficiência Cardíaca: Conscientização e Prevenção
No mês de julho, mais especificamente no dia 9 – data de nascimento do médico e cientista brasileiro Carlos Chagas – temos o Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca. A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) aproveita a efeméride para promover ações voltadas à conscientização da população e ampliação do conhecimento dos profissionais de saúde a respeito.
Para minimizar a incidência e os danos provocados pela patologia, a entidade criou o Projeto Insuficiência Cardíaca, constituído por um conjunto de cursos para capacitar médicos, enfermeiros, farmacêuticos e demais profissionais com nível superior de escolaridade. O projeto visa aprimorar o atendimento dos pacientes com a doença, com proposta de manejo ideal, que respeite as características dos distintos municípios e colabore para diminuir a mortalidade.
Diante da prevalência do problema e do desconhecimento da sociedade, é preciso expandir os mecanismos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. O desenvolvimento de novos métodos diagnósticos e medicamentos tem contribuído satisfatoriamente para o quadro dos pacientes. Mas, vale lembrar, a identificação quanto antes é a nossa maior aliada.
Fonte: @ Veja Abril
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