Empresa integra grupo com a Amcham Brasil para acessar parte dos US$ 500 mi disponíveis, segundo Claudia Muchaluat, em relação comercial próxima e financiamento direto.
Publicidade Após a crise que afetou a cadeia de semicondutores nos últimos anos, a Intel (ITLC34) intensificou os esforços para reduzir sua dependência da Ásia na fabricação de chips. Nesse contexto, a empresa tem considerado o Brasil como um possível destino para investimentos. A filial brasileira tem buscado, em parceria com a Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio), por investimentos na indústria de semicondutores local.
Esses aportes podem impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico no país, fortalecendo as aplicações dos semicondutores brasileiros. Com mais recursos disponíveis, a indústria nacional poderá se destacar no mercado global de tecnologia, contribuindo para a diversificação da economia e a geração de empregos qualificados. Os investimentos são essenciais para o crescimento sustentável e a competitividade do setor de semicondutores no Brasil.
Investimentos em Semicondutores e Relações Comerciais
Embora não descarte uma fábrica, a desenvolvedora ainda não garante como os valores seriam alocados. Ainda não temos detalhamento do que o governo dos Estados Unidos pode demandar ou não. É uma visão macro da cadeia de semicondutores‘, diz Claudia Muchaluat, presidente da Intel Brasil, em entrevista ao InfoMoney. ‘Não necessariamente é em fábrica, a cadeia dos semicondutores é muito mais ampla que a fábrica [de chips] em si.’ Claudia Muchaluat, presidente da Intel Brasil. O dinheiro que a unidade brasileira busca conseguir junto ao governo americano seria acessado por meio do International Technology Security and Innovation Fund (Fundo Internacional de Segurança Tecnológica e Inovação, em tradução livre), que dispõem, por meio do Departamento de Estado dos Estados Unidos, de US$ 500 milhões para investimentos em ‘parcerias com aliados-chave’.
Investimentos e Parcerias Internacionais
O fundo foi instituído como parte do Chips and Science Act (Lei dos Chips e Ciência), que prevê uma série de incentivos e regulamentação para a indústria de semicondutores. Intel e Amcham Brasil buscam posicionar o país na lista de ‘países com relação comercial próxima’, como descreve Muchaluat. Panamá, México e Costa Rica são os latinos que já estão no grupo – nos dois últimos, a Intel possui instalações para sua cadeia de produção. ‘O que queremos com essa task force é dar protagonismo em relação ao Brasil’, diz a executiva.
Investimentos em Semicondutores e Financiamento Direto
Em março deste ano, a matriz da Intel assinou um memorando preliminar junto ao presidente Joe Biden prevendo até US$ 8,5 bilhões em financiamento direto, também como resultado da Lei dos Chips, um dos capítulos na disputa entre Estados Unidos e China pelo mercado de semicondutores. Durante a pandemia de covid-19, uma crise abateu a cadeia de suprimento dos semicondutores, levando a atrasos na produção de chips e produtos que dependem da tecnologia – desde computadores até carros e eletrodomésticos. Foi um alerta para a Intel, que tem uma cadeia altamente centralizada no mercado asiático.
Investimentos em Semicondutores e Cadeia Global
‘Vimos que como empresa deveríamos atuar na construção de uma cadeia global de suplementos nessa indústria de semicondutores, mais segura e mais resiliente’, explica Muchaluat. ‘Hoje, quando olhamos o panorama global, 80% do suprimento vem da Ásia e 20% vem de Américas e Europa. A Intel tem investido em fábricas no mundo inteiro para que tenha um mix entre Ásia e Europa e Américas de 50% cada.’ Uma das razões para a mudança é a onda de investimento em inteligência artificial generativa promovida por grandes provedores de serviços de processamento em nuvem e empresas de outros segmentos. ‘A Intel vem no meio de uma transformação de modelo de negócio como empresa. Ano passado lançamos o negócio Intel Foundry, voltado para inteligência artificial’, lembra a.
Fonte: @ Info Money
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