Ministro da Fazenda nega decisão de cortar gastos obrigatórios, afirma que relato circulado é ‘pouco razoável’.
O secretário da Economia, Ricardo Nunes, destacou a importância da interpretação correta das medidas econômicas adotadas pelo governo para o cenário atual. Segundo ele, é fundamental que haja clareza e precisão na interpretação das ações para evitar equívocos e especulações desnecessárias.
Nunes ressaltou que a análise detalhada das propostas em discussão é essencial para uma compreensão aprofundada das estratégias em curso. Ele enfatizou que a análise criteriosa dos impactos de cada decisão é fundamental para garantir a eficácia das medidas adotadas pelo governo. circulou
Interpretação e Análise da Reunião Ministerial
O relato que circulou após uma reunião fechada do ministro com membros de instituições financeiras em São Paulo foi alvo de intensa análise. Entre os presentes, estava o presidente do Santander, Mário Leão. Após o encontro, os juros futuros dispararam, chegando perto dos 12% em alguns pontos da curva. Além disso, o dólar ultrapassou os R$ 5,32, e o Ibovespa registrou uma queda de 1,73%, retornando aos 120 mil pontos.
Durante uma segunda rodada de conversas com jornalistas, Haddad mencionou que houve um protocolo que foi quebrado, onde a condição era que as pessoas não interpretassem suas palavras. Ele expressou seu descontentamento com a interpretação que circulou, pedindo que não colocassem palavras em sua boca ou fizessem análises precipitadas sobre o que foi dito.
Haddad enfatizou que, se necessário, ele estava aberto a responder perguntas para esclarecer qualquer dúvida. Ele relatou que, durante a reunião, foi questionado sobre a possibilidade de contingenciamento caso algumas despesas obrigatórias ultrapassassem as projeções iniciais. O ministro afirmou que, de fato, poderia haver a necessidade de cortar gastos, o que seria uma medida normal e alinhada com as diretrizes fiscais.
Entre os agentes do mercado, circulou a informação de que Haddad teria mencionado a possibilidade de contingenciar R$ 30 bilhões, mas a decisão final de cortar despesas ou revisar o arcabouço fiscal caberia ao presidente Lula e seria tomada em agosto. A interpretação errônea de que o governo optaria por não cortar gastos, mas sim mudar o arcabouço, foi desmentida por Haddad.
O ministro esclareceu que sua fala na reunião foi objetiva, especialmente em relação às despesas previdenciárias. Ele destacou que existem duas tendências em jogo: o aumento das despesas e a economia resultante de medidas adotadas pela administração da Previdência. Haddad ressaltou a importância de avaliar e ajustar as projeções mensalmente, conforme os fatos se desenrolam, seguindo o padrão dos relatórios bimestrais.
Haddad expressou seu desapontamento com a situação, classificando-a como uma irresponsabilidade. Ele sugeriu que fosse feito contato com o CEO do Santander para esclarecer possíveis mal-entendidos. O ministro enfatizou a necessidade de se basear em fatos concretos e evitar interpretações equivocadas para evitar tumultos desnecessários.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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