O país enfrenta um problema peculiar com jovens que se isolam em quartos minúsculos azuis, cortando comunicação com o mundo.
Há alguns dias, ‘Jin Young-hae’, uma mãe sul-coreana compartilhou à BBC, em sigilo, o que a levou a — de maneira inteiramente voluntária — vestir um macacão azul e passar horas e mais horas isolada numa cela minúscula, não muito maior que um armário, e na qual não tinha companhia, celular ou computador. Sozinha, com seus pensamentos.
Esse ato de isolamento extremo chama a atenção para a importância de cuidar da saúde mental, mesmo em tempos de reclusão. A história de ‘Jin Young-hae’ nos faz refletir sobre os limites do confinamento voluntário e nos lembra da necessidade de buscar ajuda e apoio quando nos sentimos sobrecarregados. É fundamental lembrar que o isolamento pode ter diferentes impactos em cada pessoa, e é essencial estar atento aos sinais de que precisamos de auxílio.
Explorando o Isolamento na Prisão Peculiar
A única conexão com o mundo exterior da sua peculiar prisão era o pequeno buraco na porta por onde, ocasionalmente, a comida era entregue. O conceito de hikikomori surge para explicar essa situação de reclusão. Jin, em sua escolha peculiar, não está sozinho nessa jornada de segregação na Coreia do Sul. Outros indivíduos, em busca de isolamento voluntário, compartilham histórias semelhantes.
Os Quartos Minúsculos e o Programa Especial de Confinamento
Esses participantes, que preferem manter o anonimato, têm em comum duas características fundamentais: são pais de jovens e optaram por participar de um programa especial que os mantém confinados por um curto período em celas de isolamento. Nesses quartos minúsculos, a comunicação é limitada, e os celulares são proibidos. Mas por que essa escolha?
Compreendendo o Isolamento Extremo
Jin e Park Han1-sil, mães de jovens sul-coreanos que se isolaram do mundo, buscam compreender melhor seus filhos ao se colocarem em uma situação de confinamento extremo. Através dessa experiência, procuram aprimorar a comunicação com eles. Jin, mãe de um jovem recluso de 24 anos, compartilha a dor de se questionar sobre seus erros. Após o período de isolamento, ela afirma ter ganhado alguma clareza.
A Importância do Isolamento Planejado
As experiências de confinamento de Jin e Park não foram improvisadas, mas sim planejadas nas instalações da Fábrica da Felicidade. Lá, eles vivenciam o isolamento em primeira mão, deixando para trás celulares e computadores. O programa de 13 semanas, financiado por organizações como a Korea Youth Foundation e o Blue Whale Recovery Center, visa melhorar a comunicação entre pais e filhos.
Uma Experiência Peculiar de Compreensão
Durante um período de três dias, os participantes são submetidos a um ambiente de isolamento nas salas da província de Gangwon. Essa reprodução de uma cela de isolamento proporciona uma experiência única para os pais, permitindo-lhes entender melhor a realidade de seus filhos. O objetivo é promover a aceitação e a melhoria da comunicação, essenciais para o bem-estar familiar.
Fonte: @ Minha Vida
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