Monetizar
conteúdos
conteúdos
sem respeito na
disputa
eleitoral é desequilibrado e prejudicial à
zona
eleitoral.
Gerar lucro com ‘recortes’ para redes sociais é como espalhar de maneira constante uma imagem sem considerar a harmonia buscada no embate político.
Esse método de divulgação em plataformas digitais acaba por minar a integridade das mídias sociais e comprometer a transparência necessária no cenário político atual. É importante pensar em formas mais éticas de utilizar as redes sociais como ferramentas de comunicação e interação com a sociedade. É fundamental buscar um equilíbrio entre a busca por visibilidade e a preservação dos valores democráticos.
‘Plataformas Digitais e Mídias Sociais: Redes Sociais em Disputa Eleitoral
Com base nessa compreensão, a 1ª Zona Eleitoral de São Paulo emitiu, em medida liminar, nesta sexta-feira (23/8), a suspensão temporária, até o término das eleições, dos perfis oficiais de Pablo Marçal, postulante à prefeitura da metrópole paulistana pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), nas redes sociais Instagram, TikTok, X (antigo Twitter) e YouTube, assim como do website oficial da campanha.
O PSB apontou que Marçal está pagando seguidores para editarem seus conteúdos para as redes sociais. A determinação também veda Marçal de recompensar os ‘editores’ de seus conteúdos relacionados à candidatura e interrompe atividades associadas a ele na plataforma Discord, com o intuito de evitar tal compensação financeira. A multa diária pelo descumprimento da medida liminar é de R$ 10 mil.
O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz esclareceu que a decisão não proíbe a criação de perfis para propaganda eleitoral do candidato, mas apenas suspende aqueles que buscaram a monetização dos cortes por meio de terceiros.
‘Investigação sobre Utilização Indevida em Redes Sociais e Plataformas Digitais’
A liminar foi concedida em uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) movida pelo diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Segundo a legenda, Marçal elaborou uma estratégia de recrutamento de colaboradores para disseminar seus conteúdos em redes sociais e serviços de streaming de forma ilegal e abusiva. O partido alegou que a campanha de Marçal passou a empregar um aplicativo de edição, no qual o usuário se registra e aprende a editar os vídeos do candidato.
Após a publicação da edição, o usuário é remunerado pelo ex-mentor ou por suas empresas com base no número de visualizações obtidas. Por meio dessa tática, de acordo com o PSB, Marçal conseguiu mais de cinco mil pessoas para editar seus conteúdos. Isso resultou em dois bilhões de visualizações no TikTok e duplicou o alcance de seu Instagram.
A petição inicial indicou que Marçal e suas empresas desembolsaram grandes quantias para o ‘time de editores’, tudo ‘por fora’ das ferramentas fornecidas pelas plataformas. A agremiação argumentou que isso não se enquadra como promoção legítima ou contratação regular de pessoas para a campanha, visto que a origem da remuneração é desconhecida.
‘Análise dos Impactos da Estratégia de Marçal nas Redes Sociais’
Segundo o magistrado, o PSB apresentou diversos links e transcrições para fundamentar sua argumentação. O magistrado identificou indícios razoáveis de que Marçal ‘tem fomentado há algum tempo, por meio da rede social, uma arquitetura aprofundada e consistente na capilaridade e alcance de sua imagem’.
O juiz observou que os seguidores do candidato buscam curtidas em troca de benefícios econômicos. As edições ‘alcançam um número considerável de pessoas, em um movimento multiplicador e incessante’. A instrução para isso é difundida por meio de um ‘tournament’ que ‘claramente promove a imagem e, de forma explícita, a própria campanha’.
Zorz ainda destacou a falta de transparência quanto à origem dos valores destinados aos ‘vencedores do torneio’. Por outro lado, o PSB apresentou um documento evidenciando que um dos pagamentos veio de uma das
Fonte: © Conjur
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